Presidente da Câmara diz que vai procurar Santa Casa para resolver impasse
Hospital restringe atendimento no Pronto-Socorro e prefeitura diz que vai ao MPF
Depois do apelo do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), o presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB), disse que vai procurar a direção da Santa Casa para tentar resolver o impasse que envolve município e instituição de saúde, que resolveu restringir o atendimento há quase uma semana.
Nesta segunda-feira, 7, durante agenda no gabinete do Paço Municipal, onde estava o presidente da casa de leis e outras autoridades, Marquinhos pediu apoio de quem estava por lá, no sentido de pedir que a instituição normalize o atendimento.
"Faço apelo aos presentes para que peçam que a Santa Casa reabra os portões. Dificuldades todos nós temos, mas isso pode se tornar uma situação de calamidade".
Questionado, João Rocha disse entender a importância do serviço que a Santa Casa presta e que a população não pode passar por isso. “Neste momento, vamos agir para intermediar. Vamos verificar qual é o gargalo do hospital pessoalmente”.
O presidente afirma que vai ligar ainda hoje para o presidente da instituição, Esacheu Nascimento, e buscar uma reunião, a princípio, entre ele e a diretoria.
Nesta manhã, o prefeito relembrou a intervenção feita no hospital, em 2005, mas afirmou que, no momento, a intenção é buscar o MPF (Ministério Público Federal) para ajudar a resolver a situação.
O hospital recebe repasse mensal de R$ 20,2 milhões da prefeitura e, num novo contrato, solicitou reajuste para R$ 23 milhões. Contudo, o poder público não aumentou o valor, sob compromisso de reduzir a demanda de atendimento em 30%.
Na semana passada, uma faixa informando superlotação e falta de vagas foi colocada no portão em frente ao hospital.
Com restrição no atendimento desde a última quarta-feira (dia 2), a Santa Casa de Campo Grande entra no quinto dia de Pronto-Socorro “fechado” à demanda espontânea, ou seja somente pacientes enviados pela regulação são atendidos.