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Política

Presidente da CUT-MS é preso em ônibus clandestino no RS

Grupo do Estado seguia para Porte Alegre para acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Mayara Bueno | 24/01/2018 09:29
Genilson Duarte, presidente da CUT-MS. (Foto: Divulgação CUT-MS/Arquivo).
Genilson Duarte, presidente da CUT-MS. (Foto: Divulgação CUT-MS/Arquivo).

O presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores), Genilson Duarte, foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Brigada Militar nesta quarta-feira (24), na região metropolitana de Porto Alegre. A informação é do G1 Rio Grande do Sul.

A prisão ocorreu durante fiscalização em Montenegro. O presidente foi à cidade para acompanhar o julgamento do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A alegação da PRF é que o ônibus alugado pela CUT de MS era clandestino e estava com as licenças da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestre) vencidas.

Ainda conforme informações do G1, além disso, Genilson estava com mandado de prisão em aberto desde o ano passado por desobediência. O ônibus apreendido foi encaminhado para Porto Alegre. Os passageiros foram levados à cidade em outros carros.

Membro da Frente Brasil Popular, Mario Fonseca, confirmou a prisão e explicou que trata-se de um mandado de prisão, aberto desde 2015, em uma ação cível relacionada à questão sindical. "Ele teria de comparecer à uma audiência e não foi, em função disso, teve a prisão decretada".

Sobre o ônibus, ele confirma que houve problemas de documentação da empresa, que validaria a autorização para viagens fora de MS. "Vamos regularizar isso".

No veículo, tinham 45 pessoas. Outros grupos do Estado do MST (Movimento Sem Terra) e Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), além da CUT, com pelo menos 120 pessoas, foram até a capital gaúcha para acompanhar o julgamento.

Em Campo Grande, um grupo de 50 pessoas a favor do ex-presidente se reuniu no centro. Eles argumentam que faltam provas para a condenação do petista.

Julgamento - Lula está sendo julgado por três juízes na sede do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Nesta manhã, será decidido se o ex-presidente é culpado da acusação de receber propina da empreiteira OAS por meio de um triplex em Guarujá (SP).

Já há sentença do juiz Sergio Moro, que condenou o petista a nove anos e meio de prisão. Lula recorreu e o Ministério Público quer um aumento de pena. Se a condenção for confirmada pelo TRF, o ex-presidente poderá ser preso depois que todas as instâncias de recursos acabarem.

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