Presos na Operação Fazendas de Lama são transferidos para delegacias
Os 15 presos na Operação Fazendas da Lama, segunda fase da Operação Lama Asfáltica, foram transferidos no fim da tarde desta terça-feira (10) para delegacias e para o PME (Presídio Militar Estadual), em Campo Grande. Os homens foram levados à Denar (Delegacia de Repressão a Narcóticos) e as mulheres à 3ª Delegacia, no bairro Caranda Bosque. As prisões são temporárias, válidas por cinco dias.
Entre as mulheres, a única a não ir para a delegacia de polícia é Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto, esposa do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto. Por ser advogada, ela tem prerrogativa de ocupar cela especial, e por isso foi levada para o PME, que fica ao lado do Complexo Penitenciário da capital.
As transferências foram feitas à medida que os presos eram ouvidos pela PF (Polícia Federal). O último a prestar depoimento foi o comerciante Evaldo Furrer Matos. Todos foram levados em Van da PF, sob escolta.
A advogada Kênia Fontoura, que defende o casal Giroto e a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova, afirmou que agora será feita a análise do inquérito que resultou nas prisões temporárias, para apresentação dos pedidos de relaxamento das prisões. O último a deixar o prédio da Superintendência da PF foi o advogado Marcos Ferreira, que esteve acompanhando o depoimento de Evaldo Matos.
A Operação - Para esta operação foram expedidos 15 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão cumpridos em Campo Grande, Rio Negro, Presidente Prudente e Tanabi (SP), Maringá e Curitiba, no Paraná. Além de 24 mandados de sequestro de bens dos investigados.
A segunda fase da Lama Asfáltica foi batizada de Operação Fazendas de Lama, em referência ao esquema de lavagem de dinheiro obtido com os esquemas fraudulentos e de desvio de recursos federais. E uma das formas dessa dar destino a esse dinheiro era a compra de fazendas em nome de parentes e laranjas.
Participaram da Operação Fazendas da Lama, além da Polícia Federal, a CGU (Controladoria-Geral da União) e a Receita Federal. Nesta fase, as investigações estiveram concentradas em como o dinheiro obtido pelo grupo por meio de fraudes em licitação e desvio de recursos de obras executadas com verbas federais, era empregado pelos integrantes do esquema.