"Lugar de corrupto é na cadeia", diz governador sobre Lama Asfáltica
Operação da Polícia Federal cumpriu 15 mandados de prisão
“Lugar de corrupto é na cadeia”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), quando questionado sobre o desdobramento da Operação Lama Asfáltica, deflagrado nesta terça-feira (10). A ação, batizada de Fazendas de Lama, cumpriu mandados de busca e apreensão em uma série de locais, incluindo a casa do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura).
Para Reinaldo, o Brasil está sendo passado a limpo e, em Mato Grosso do Sul, a situação “não seria diferente”. “Não quero fazer julgamento de ninguém, mas aquele que cometeu desvios de recursos públicos tem de pagar e devolver ao erário. Lugar de corrupto é na cadeia”.
Ao todo, 15 pessoas foram presas, algumas delas: ex-deputado federal Edson Giroto, sua esposa, o empresário João Amorim e sua sócia, Elza Cristina Araújo. A Polícia Federal divulga agora informações e dados completos sobre a operação.
Em sua resposta, Reinaldo ainda ressaltou que é preciso fortalecer as instituições de fiscalização, como MPE e MPF (Ministério Público Estadual e Federal), Justiça Estadual e Federal. “O Brasil precisa respirar um novo momento. Quem usa recursos públicos vai pagar com a prisão para não acontecer no futuro. Investigado não quer dizer que é culpado, mas se for tem de pagar pelos erros”, concluiu.
Na Seinfra, segundo o governador, os policiais federais buscaram documentos referentes a 2007 e 2008, os dois primeiros anos do mandato de Puccinelli.