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Política

Puccinelli reclama da 'pecha de ladrão' e fala em desistir da política

Declaração foi feita na sede da Polícia Federal, onde o ex-governador pede informações sobre a ação em sua casa

Mayara Bueno e Leandro Abreu | 10/05/2016 11:34
Ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), ao chegar na sede da Polícia Federal, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), ao chegar na sede da Polícia Federal, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

Reiterando o que sempre fala a respeito de uma possível candidatura, o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), afirmou que não será candidato a prefeito. A declaração foi dada pelo próprio na superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande, nesta terça-feira (10), quando ele também disse que hoje não compensa ser “agente político”, pois a pessoa fica com “pecha de ladrão”.

“Já havia decidido não ser candidato. Disse que não seria candidato a senador, não fui, eu digo que não serei candidato a prefeito e não serei”, disse, ao ser questionado se o fato de ter a casa alvo de busca e apreensão na segunda fase da Operação Lama Asfáltica, atrapalharia seus futuros projetos na política. Mais cedo, ele disse que recebeu os policiais federais em "trajes íntimos" e que é bom que a Polícia investigue, embora defenda sua inocência.

Disse, ainda, que hoje em dia não compensa ser político, pois acaba pegando fama de “ladrão”. “Hoje dia não compensa ser agente político, porque você não rouba e fica com pecha de ladrão, o povo não te respeita mais. Um adversário acha que pode xingar e te xingam na frente da filha, do neto e eles ouvem”, disse ressaltando a não candidatura neste ano.

Embora questionado em todas as agendas públicas e almejado pelos correligionários de seu partido, o PMDB, André Puccinelli afirma sempre que não será candidato a prefeito.

Nesta manhã, a Polícia Federal fez busca e apreendeu documentos, cujo conteúdo não foi revelado pelo ex-governador. Informações como esta e outras sobre os 15 mandados de prisão são repassadas agora pela PF, em uma entrevista coletiva à imprensa.

2ª fase - Ao todo, são 28 mandados de busca e apreensão, além de 24 mandados de sequestro de bens de investigados. Os mandados são cumpridos em Campo Grande, Rio Negro, Curitiba (PR), Maringá (PR) Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).

Conforme a polícia, Fazendas de Lama, nome referente à esta fase, é sobre a aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

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