Prestes a ser julgado, Bonatto entrega renúncia à Câmara em Dourados
Câmara já havia cassado o mandato de Paulo Henrique Bambú nesta sexta
O advogado do vereador Aurélio Bonatto (PDT) protocolou sua renúncia na Câmara Municipal de Dourados, na tarde desta sexta-feira, perto do início da sessão de julgamento do pedetista.
Além de Bonatto, Sidlei Alves, Zezinho da Farmácia e José Carlos Cimatti também renunciaram.
Já os vereadores Júlio Artuzi, Humberto Teixeira Júnior, Marcelo Hall e Paulo Henrique Bambú tiveram seus mandatos cassados.
Agora falta apenas o julgamento de Marcelo Barros (DEM), que foi marcado para segunda-feira às 14 horas.
Os nove vereadores foram indiciados pela Polícia Federal por envolvimento em esquema de fraudes em licitação e pagamento de propina.
Troca - Para as sessões de julgamento, o juiz José Domingues Filho deferiu pedido feito pelo vereador Paulo Henrique Bambú e decidiu afastar Gino Ferreira (DEM) e Dirceu Longhi (PT). Eles foram substituídos pelos suplentes Alan Guedes (DEM) e José Silvestre (PT).
Silvestre não participou da sessão de julgamento de Bambú nesta manhã, mas participaria do julgamento de Bonatto agora à tarde.
Gino e Longhi foram os dois únicos indiciados após a operação Uragano que não foram presos durante a ação da Polícia Federal no ano passado. Eles respondem também por integrar esquema de fraude em licitações e pagamento de propina em Dourados.
Na quarta-feira, durante sua sessão de julgamento, Humberto Teixeira Júnior havia solicitado diretamente à Câmara o afastamento dos dois, mas não teve o pedido atendido e acabou perdendo o mandato com nove votos favoráveis, dois deles de Longhi e Gino.
Teixeira havia argumentado que arrolou duas testemunhas contra a cassação e que elas foram afastadas pela comissão processante por estarem envolvidos nas investigações.
O mesmo, na avaliação dele, deveria valer para Gino e Dirceu Longhi. O juiz levou em consideração a mesma justificativa e decidiu afastar ambos do julgamento.