Processo de impeachment de Dilma começa a tramitar no Senado nesta terça
Presidente da casa de leis lê o relatório e a votação na tarde de hoje
O presidente da Casa, Renan Calheiros, fará a leitura do documento em Plenário na terça-feira (19), e depois disso já poderá ser constituída a comissão especial que será responsável pela condução do assunto.
A leitura da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e o resultado da votação na Câmara será lida no Senado, na tarde desta terça-feira. Este é o início da tramitação do processo na casa de leis, depois da aprovação, por 367 a 137, pelos deputados federais.
De acordo com o Portal do Senado, a leitura ocorrerá um pouco antes da ordem do dia. A partir disso, os líderes partidários poderão indicar seus representantes para comissão especial, que terá 21 membros e 21 suplentes. Ainda pela manhã, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), vai se reunir com líderes para definir o rito e tempo de trabalho.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), entregou o relatório e o resultado da votação na segunda-feira (18).
Após as indicações, a comissão especial terá 48 horas para realizar a sessão de instalação para escolher o presidente e o relator. Depois, terá 10 dias úteis para apresentar o relatório final sobre a aceitação ou não do processo. Independente da deliberação, a questão será submetida ao plenário que votará.
Se a maioria simples, ou seja, a metade mais um, opte pela aceitação, o Senado notificará o Palácio do Planalto e a presidente será afastada por 180 dias. Neste tempo, ocorre a fase de colher informações e possíveis provas, enquanto Dilma se defende.
No fim, a comissão decide se ela é culpada ou não e submete ao plenário, que por fim vota (são necessários dois terços dos deputados para aprovar ou não). Caso o processo seja aprovado, Dilma é afastada definitivamente, se não, ela retorna ao cargo.
Senadores de MS – Os três senadores de Mato Grosso do Sul se dizem favoráveis ao processo e dizem que votarão sim. Até mesmo Delcídio do Amaral (sem partido) que era do PT e líder do governo, confirmou que é a favor da destituição. Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB, também dizem sim.