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Política

PSDB só apoia Simone se Puccinelli desistir do governo, diz presidente nacional

Bruno Araújo quer a desistência do MDB em favor de Eduardo Riedel e tucanos de outros dois estados

Adriel Mattos | 26/05/2022 07:45
Executiva Nacional do PSDB quer que ex-governador André Puccinelli (à esquerda) desista para que MDB apoie Riedel (ao centro). (Foto: Divulgação)
Executiva Nacional do PSDB quer que ex-governador André Puccinelli (à esquerda) desista para que MDB apoie Riedel (ao centro). (Foto: Divulgação)

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse na quarta-feira (25) que o partido só apoiará a senadora Simone Tebet (MS), se o MDB desistir e apoiar o pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, Eduardo Riedel. O ex-governador André Puccinelli é o postulante emedebista.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Araújo citou três fatores para que os tucanos endossem o nome de Simone. O primeiro já foi cumprido ontem, quando o MDB confirmou a pré-candidatura da senadora.

O segundo é incluir o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSDB-RJ), no processo de elaboração do programa de governo. E o terceiro é desistir de três pré-candidaturas emedebistas a governos estaduais para apoiar os tucanos.

“O Rio Grande do Sul, onde a liderança de Eduardo Leite é fundamental na eleição estadual. Isso se repete no Mato Grosso do Sul, estado da senadora Simone Tebet e governado pelo PSDB. Não nos parece coerente que não haja essa unidade. E Raquel Lyra em Pernambuco. Esses três estados são fundamentais para avançarmos nessa construção”, disse o presidente nacional do PSDB.

A reunião da cúpula tucana, marcada para terça-feira (24), foi adiada mesmo após o MDB referendar Simone. O Cidadania se adiantou e anunciou que apoiará a sul-mato-grossense, faltando apenas o PSDB para selar o acordo dos três partidos em torno da candidatura da chamada terceira via.

Enquanto o MDB não abrir mão das pré-candidaturas em Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul, o PSDB não pretende marcar a reunião que decidirá pelo apoio à senadora.

“Não vamos mais criar a expectativa de prazos. Os prazos nos desgastaram muito com a opinião pública. O prazo será o da política”, afirmou Araújo.

Sem citar nomes, ele destacou que parlamentares tucanos vão auxiliar nas tratativas estaduais. “Destacamos um conjunto de parlamentares nossos que vão sentar com o MDB nessa construção. Eventuais resistências são naturais da política, mas o PSDB está sentando à mesa para discutir (o apoio a) uma candidatura que não seja nossa pela primeira vez desde 1989”, pontuou.

Vice – O presidente nacional disse ainda ser natural que o partido indique o vice na chapa de Simone. Estão sendo sondados o senador Tasso Jereissati (CE); o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e João Doria, ex-governador paulista que abriu mão de se candidatar nesta semana.

“Estamos no campo da especulação, mas o senador Tasso tem tamanho para ser candidato a presidente da República. Tem o Eduardo, que disputou as prévias, e outras lideranças nossas, como a senadora Mara Gabrilli [SP]. Essa será a última etapa. Não vão faltar alternativas”, avaliou.

Araújo minimizou eventuais resistências de aulas do PSDB à Simone. “O que eu creio é que quando houver a reunião da executiva, já teremos uma posição muito clara de qual será o nosso caminho, mesmo que eventualmente haja divergências. A reunião vai acontecer quando essa decisão estiver amadurecida no partido com a construção dos pilares que citei”, frisou.

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