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Política

Recurso de Marun é aceito e votação do parecer que pode cassar Cunha é anulada

Michel Faustino | 02/02/2016 20:39
Deputado pelo PMDB de MS Carlos Marun foi autor da ação que fez com que o processo contra Cunha voltasse à estaca zero. (Foto: Divulgação)
Deputado pelo PMDB de MS Carlos Marun foi autor da ação que fez com que o processo contra Cunha voltasse à estaca zero. (Foto: Divulgação)

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), acatou recurso impetrado pelo deputado do PMDB de Mato Grosso do Sul Carlos Marun e anulou nesta terça-feira (02) a aprovação no Conselho de Ética do parecer que determinava a continuidade das investigações contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão fará com que o processo praticamente volte à estaca zero.

Três recursos foram apresentados na Casa questionando a condução da ação disciplinar no colegiado, mais especificamente a não concessão de vista ao relatório preliminar de Marcos Rogério pedindo a continuidade do processo. No recurso analisado por Maranhão, Marun pedia a garantia de vista processual e que fossem declarados nulos "todos os atos eventualmente praticados após a negativa" da solicitação.

Não é a primeira vez que Maranhão favorece o peemedebista. Em dezembro, o vice-presidente da Câmara deferiu um recurso destituindo o então relator do caso, deputado Fausto Pinato (PRB-SP). A medida tumultuou os trabalhos do Conselho e o presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), escolheu Marcos Rogério para substituir Pinato.

Hoje começaria a recontar o prazo de apresentação da defesa de Eduardo Cunha no Conselho. O PSOL, um dos autores da representação contra o peemedebista, acaba de protocolar um adendo à ação, incluindo informações da delação premiada do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e as denúncias de que o deputado teria mais cinco contas secretas no exterior. Segundo a Secretaria Geral da Mesa Diretora, caso seja permitido a junção de novas peças, o processo terá de voltar à estaca zero.

Com informações da revista Exame

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