Reeleito, Mochi quer modernidade e transparência antes de ano importante
Reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul pelos próximos dois anos, em unanimidade e sem concorrente, Júnior Mochi (PMDB) prometeu modernizar a estrutura da Casa e torná-la mais acessível e transparente para a população.
“A intenção é aproximar o Legislativo da sociedade e agir com maior transparência”, disse o deputado após a aclamação de sua chapa e mesa diretora, concorrentes únicos.
Segundo Mochi, estão nos planos para o próximo biênio tornar todos os sistemas da Casa informatizados, além de liberar o sinal da TV Assembleia para a televisão aberta, permitindo assim que a população acompanhe as votações.
Em 2017 estarão na pauta da Assembleia discussões importantes, como a reforma da previdência estadual, controle dos gastos públicos e o fundo de estabilidade fiscal, quando o Estado terá que criar mecanismos de garantir condições de atender financiamentos vindos do governo federal. Votações que o parlamentar considera "polêmicas".
Considerado o mais importante dos projetos, o fundo de estabilidade fiscal a ser votado garante a devolução de 10% dos lucros ao governo estadual das empresas que receberam incentivos fiscais. “Esse fundo deve gerar até R$ 20 milhões por ano”, disse Mochi.
Como foi a votação - A mesa diretora da Assembleia terá a seguinte formação: Junior Mochi (PMDB), presidente; Zé Teixeira (DEM), 1º secretário; Onevan de Matos (PSDB), 1º vice-presidente; Grazielle Machado (PR); Amarildo Cruz (PT), 2º secretário; Mara Caseiro (PSDB), 3ª vice-presidente e Felipe Orro (PSDB), 3º secretário.
A aclamação da chapa atrasou mais de uma hora e só se encerrou por volta das 11h após discussões entre os deputados. Na primeira delas, cogitou-se trocar o 1º vice-presidente, Onevan de Matos (PSDB), por Rinaldo Modesto (PSDB), mas depois ele foi mantido.
Depois foi a vez da bancada do PT debater o fato do PSDB ter três postos na mesa diretiva, já que o acordo para apoiar Mochi previa apenas um cargo na mesa diretora. "Combinaram outra coisa com a gente, mas houve o entendimento", disse Pedro Kemp (PT).
Por último, foi a vez de Lídio Lopes (PEN) contestar a chapa única e ameaçar se lançar candidato a 3° vice-presidência, no cargo ocupado por Mara Caseiro (PSDB) mas mudou de idéia após receber a promessa de que integrará a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), no ano que vem, comissão que hoje ele preside.
Para Mochi, contaram a favor da sua reeleição projetos já realizados, como a aposentadoria incentivada que renovou o quadro em quase cem funcionários, a realização do primeiro concurso público da casa e o início da adoção do ponto eletrônico. A eleição com chapa única também é vista de forma positiva. “Houve um acordo entre as bancadas para que não houvessem disputas políticas”, diz.