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Política

Relatório com 'dicas de fraude' chega à presidência da Assembleia

Alberto Dias e Leonardo Rocha | 26/12/2016 18:05
Presidente Junior Mochi (PMDB) recebe parecer do corregedor Maurício Picarelli (PSDB) acerca do caso. (Foto: AL/MS)
Presidente Junior Mochi (PMDB) recebe parecer do corregedor Maurício Picarelli (PSDB) acerca do caso. (Foto: AL/MS)

Já está na presidência da Assembleia Legislativa o relatório final com o parecer do corregedor da casa, deputado Maurício Picarelli (PSDB), acerca da suposta "dica de fraude" na folha de pontos dos servidores, gravada em conversa entre os deputados Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB). Porém, o documento será analisado somente no retorno dos trabalhos parlamentares, em fevereiro.

"O documento chegou, mas nem tive tempo de olhá-lo. Farei isso no retorno dos trabalhos", explicou ao Campo Grande News o presidente, deputado Júnior Mochi (PMDB). Caberá a ele decidir se arquiva esta denúncia (interna) ou se abre uma comissão disciplinar de quebra de decoro, contra os parlamentares. Os deputados podem receber advertência verbal, até a cassação dos mandatos.

Até então, faltava o parecer da Corregedoria da Assembleia após receber a gravação do MPE-MS (Ministério Público Estadual), sobre a conversa entre os deputados Paulo Corrêa e Felipe Orro. Para o corregedor Picarelli, a gravação é a "prova oficial" contra os deputados, entregue pelo pastor Jairo Fernandes ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele é o dono do celular em que a conversa foi gravada e depois divulgada nas mídias sociais.

Polêmica - Na conversa gravada e divulgada nas redes sociais, Corrêa aconselha Orro a regularizar o ponto dos seus servidores, alertando que existia uma investigação feita pela Rede Globo sobre o assunto, em diversos legislativos estaduais. Ainda sugere ao colega faça um controle dos funcionários do interior, nem que fosse por uma "folha fictícia".

Esta gravação foi feita no celular do pastor Jairo Fernandes, que emprestou o aparelho a Felipe Orro retornar a ligação a Corrêa. Ela (gravação) foi divulgada nas redes sociais e se tornou pública, no dia 29 de novembro. Além da investigação interna na Assembleia, existe um inquérito aberto no MPE (Ministério Público Estadual).

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