ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 24º

Política

Sancionada lei com repasse de R$ 11 milhões e pagamento retroativo da enfermagem

Servidores receberam novo salário a partir da próxima quarta-feira (6)

Caroline Maldonado | 30/08/2023 09:10
Enfermeiros trabalham no Hospital Santa Casa de Campo Grande (Foto: Divulgação/Santa Casa de Campo Grande)
Enfermeiros trabalham no Hospital Santa Casa de Campo Grande (Foto: Divulgação/Santa Casa de Campo Grande)

Foi sancionada nesta quarta-feira (30) lei que institui o auxílio financeiro do Governo Federal para complementação do piso salarial nacional dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteira. O repasse de mais de R$ 11 milhões já foi feito e garante o pagamento referente aos meses de maio, junho, julho e agosto.

Os valores retroativos serão pagos em nove parcelas, incluindo o décimo terceiro, até o mês de dezembro deste ano, conforme anunciado pelo secretário de Saúde, Sandro Benites, na semana passada. O novo valor começará a ser pago na próxima quarta-feira (6). Ao todo, 2.649 profissionais de 10 instituições hospitalares que atendem o SUS (Sistema Único de Saúde) serão contemplados.

Proporcional - O projeto foi aprovado na terça-feira (29) pelos vereadores com 27 votos favoráveis e um contrário. A vereadora Luiza Ribeiro (PT) votou contra o Projeto 11.100/23 porque não conseguiu fazer emendas ao texto para que os servidores do município recebessem o valor integral, pois a prefeita Adriane Lopes (PP) determinou que “será repassada a complementação financeira para o cumprimento do piso salarial nacional proporcional à carga horária de 44 horas semanais de trabalho sobre o valor de R$ 4.750,00”.

O termo “proporcional” no texto da lei faz com que os servidores que trabalham 40 horas não recebam o valor integral. O presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem do Município de Campo Grande), Ângelo Macedo, chegou a enviar vídeo para a Câmara, solicitando que a votação do projeto fosse adiada para a quinta-feira, mas o pedido foi ignorado e o texto que não estava na pauta foi votado em regime de urgência.

Ângelo disse que desconhecia o texto e alegou que “houve falta de transparência, tanto na transição da composição da equipe da Sesau quanto na gestão municipal, com relação ao teor do projeto de lei”. O secretário de Saúde, por sua vez, disse que todos os sindicatos foram chamados à reunião no dia anterior, mas o Sinte não compareceu e justificou que o repasse do Governo Federal é feito por CPF (Cadastro de Pessoa Física) e, portanto, todos os servidores receberão conforme o que foi especificado pela União.

A vereadora Luiza insistiu que o texto da lei municipal seria o responsável pelo pagamento inferior aos servidores de 40 horas, que atuam em urgência e emergência, nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), o “Carlão”, afirmou que já existe decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a questão da jornada de trabalho e que ao Poder Legislativo compete somente votar.

O piso nacional determina R$ 4.750 para enfermeiros; de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares e parteiras, conforme a Lei Federal n. 14.434, de agosto de 2022.

Nesta quarta-feira (30), o Sinte PMCG publicou nota afirmando que “servidores da Saúde sofrem duramente a má gestão da prefeita e do atual secretário” e não tem “a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo”.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias