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Política

Sargento da PM posta vídeo com ameaça a jornalistas

O vídeo revela a indignação da sargento sobre a cobertura jornalística das manifestações bolsonaristas

Lucia Morel | 11/01/2023 16:59

Em vídeo público nas redes sociais, a 1º sargento da Polícia Militar, Betânia Kelly Rodrigues da Silva, que atua no CPM (Comando de Policiamento Metropolitano), ameaçou jornalistas e seus familiares de ficarem sem atendimento em “lojas, padarias, supermercados, oficinas”, caso usem o termo “golpistas” contra apoiadores aos atos de destruição em Brasília.

Ela avisa que esses profissionais precisam colocar a “mãozinha na consciência e comecem a raciocinar” porque "vai chegar o momento em que vai precisar ir à loja, à padaria, ao supermercado, à oficina. E aí? Se você se deparar lá com os chamados golpistas por vocês. Vocês já pensaram que essas pessoas poderão não querer atendê-los?”.

O vídeo, que foi postado há quase 22 horas, revela a indignação da sargento sobre a cobertura jornalística das manifestações no Distrito Federal ou em frente aos quartéis. “Vocês também têm famílias, têm mães, têm pais, pessoas que precisam da economia do Brasil” e, por isso, “precisam tratar as pessoas no mínimo com educação” e caso isso não ocorra, “vão se deparar com um mundo que não existe e vão ficar sozinhos”.

Ela cita que, ao usar o termo golpistas, os profissionais de imprensa deixam a imparcialidade e colocam a opinião pessoal no lugar, que seria baseada em doutrinação e em militância.

“Vocês estão em um país em que em algum momento da vida, todos nós precisamos uns dos outros".

Betânia foi candidata nas eleições de 2018, 2020 e 2022, sendo para os cargos de deputada estadual, vereadora e deputada federal, respectivamente.

A reportagem procurou a militar para se posicionar sobre a postagem, mas não obteve retorno até o momento.

O Sindjor (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul) também foi procurado e o presidente, Walter Gonçalves, disse que vai enviar ofícios pedindo atuações contra a postagem para o Comando Geral da Polícia Militar, à Corregedoria da corporação, à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e ao Ministério Público. "Ela ataca e ameaça jornalistas. É preciso que a PM tome providências", sustenta o sindicalista.

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