Sem PSDB, Zeca vê militância do PT mais “animada” com Delcídio
O ex-governador e vereador Zeca do PT considera que a militância petista está agora mais entusiasmada com a pré-candidatura do senador Delcídio do Amaral ao governo do Estado, em razão da inviabilização da aliança com PSDB e PMDB no Estado. “Essa construção no campo popular-democrático deu novo ânimo para militância”, afirmou.
Para ele, havia um mal estar não apenas da direção nacional do PT, mas principalmente dos petistas locais. “A militância está incomodada com essa história de aliança com PSDB, com PMDB”, opinou.
As alas mais à esquerda do PT, segundo Zeca, ainda demonstram certo descontentamento quando à aliança com o PR, que é presidido pelo deputado estadual Londres Machado. “Criticam o Londres por ele ter 40 anos de mandato, mas ele está apenas usando a prerrogativa da lei”, defendeu o ex-governador. “E eu sou grato ao Londres porque me ajudou a ter governabilidade”, acrescentou.
Na opinião de Zeca, Delcídio tem conduzido com “muita inteligência” suas alianças eleitorais, destacando a conquista do PR, que deve indicar o candidato a vice-governador. Indagado se o PR indicará uma mulher para vice, já que Delcídio afirmou que será da Grande Dourados e não virá para ser “princesa”, o vereador respondeu: “Não sei, o Delcídio às vezes olha para um lado e aponta para outro”.
A vaga do Senado ainda está indefinida, de acordo com Zeca, já que o presidente da Fiems, Sérgio Longen, ainda não deu resposta e pediu mais uma semana para pensar. “Conversei na quarta-feira com ele. Longen modernizou, dinamizou a Fiems, que era inerte, distante da realidade do Estado. Largar agora esse caminhão é difícil”, avaliou. “Mas estamos tranquilos, se ele não aceitar, tem o Ricardo Ayache”, acrescentou.
Mesmo que Longen não seja candidato a senador, Zeca acredita que o PTB marchará com os petistas nestas eleições, assim como PDT, PROS, PC do B, PSC, PSL, PV e PR.
Quanto à eleição proporcional, Zeca, que é pré-candidato a deputado federal, crê que PT e aliados têm chances de eleger metade das vagas para a Câmara Federal (4 das 8) e 13 deputados estaduais. “Com Zeca, Vander, Biffi, Dagoberto e Antônio Cruz, temos uma chapa boa para a Câmara Federal”, destacou.