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Política

Semy Ferraz diz que gestão atual gasta 67% menos em “tapa-buraco”

Zemil Rocha | 29/08/2013 17:25
 Semy contestou dados do vereador Elizeu sobre gasto com tapa-buracos (Foto: Arquivo)
Semy contestou dados do vereador Elizeu sobre gasto com tapa-buracos (Foto: Arquivo)

O secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação da Prefeitura de Campo Grande, Semy Ferraz, afirmou nesta quinta-feira (29) que o gasto com “tapa-buraco” no primeiro semestre da atual gestão comparado com os últimos seis meses da anterior caiu 67%. De janeiro a junho deste ano, segundo ele, a despesa com tapa-buraco e revestimento primário (cascalhamento) totalizou R$ 60,1 milhões, enquanto de julho a dezembro do ano passado atingiu R$ 182,7 milhões, representando uma redução de R$ 122,6 milhões na atual gestão do prefeito Alcides Bernal (PP).

Semy Ferraz também contestou os números apresentados pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, Elizeu Dionízio (PSL), de que a prefeitura teria pago de janeiro a junho R$ 83 milhões com tapa-buraco e empenhado no período mais R$ 297 milhões, o que totaliza R$ 380 milhões.

“O vereador foi muito relapso quando não checou a informação. Tem o dever de fiscalizar, mas com cuidado. Se ele soubesse analisar o Orçamento da prefeitura saberia que é absurdo”, afirmou Semy. “No Orçamento deste ano a verba para manutenção de vias é de R$ 169 milhões para o ano todo”, acrescentou. “Como gastaria R$ 380 milhões?”, indagou o secretário.

Empate com Estado – O valor investido pelo prefeito Alcides Bernal em “tapa-buracos” na Capital no primeiro semestre do ano, contudo, é quase igual ao gasto pelo governo do Estado nas suas rodovias. Dados divulgados hoje pelo governo de Mato Grosso do Sul revelam que de janeiro a junho foram utilizados R$ 60,5 milhões em serviços de restauração e conservação de rodovias estaduais distribuídas pelos 79 municípios. O gasto da Capital no período foi de R$ 60,1 milhões.

Para Semy Ferraz, porém, essa comparação não pode ser feita. “É irreal. Não dá para comparar realidades tão diferentes”, argumentou o secretário. “Teria de analisar a malha viária, a pavimentação e a qualidade. Com certeza a malha do Estado é mais nova que a da Prefeitura”, acrescentou.

Lembrou que quando Zeca do PT governou o Estado “fez muita revitalização de rodovia”, o que também foi continuado pela gestão de André Puccinelli. “O Fundersul tem verba especifica para isso”, observou. “E aí diminui a necessidade de investir em tapa buraco”, argumentou. “Não podemos comparar alhos com bugalhos”, insistiu Semy.

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