Servidores da Educação paralisam atividades e protestam na Assembleia
Cerca de 600 funcionários dos setores administrativos da educação paralisaram as atividades nesta quarta-feira (20) e realizam um protesto na Assembleia Legislativa para tentar o apoio dos parlamentares às suas reivindicações, entre elas, a incorporação no salário de um abono de R$ 200
Munidos com faixas, cartazes e gritando frases de ordem, o grupo lota o auditório do plenário. Antes da sessão, eles fizeram encenações com malas de dinheiro e gritaram nomes de operações anticorrupção realizadas no estado, como Coffe Break, Lama Asfáltica e Máfia do Câncer.
Jaime Teixeira, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) explica que atualmente um servidor administrativo na Educação começa a carreira ganhando R$ 805 mais o adicional, que eleva o vencimento para R$ 1005.
Quando começaram as negociações salariais, o governo ofereceu 2,94% de aumento sobre o valor bruto recebido mensalmente, o que desagradou a categoria, que busca a estabilidade dos orçamentos pessoais com a incorporação do valor extra sobre os holerites.
Jaime afirma que a categoria está disposta a aceitar até mesmo uma incorporação parcial, que pelo menos faça o salário inicial chegar a R$ 937, mas o poder público não comprou a ideia e as discussões não avançaram.
“O governo fala em dificuldades financeiras, mas outras categorias conseguiram aumentos superiores a 2,94%, como a Polícia Civil e os professores. Os funcionários administrativos somam 6,5 mil trabalhadores em todo o estado e até pelos salários serem menores, o impacto não será tão grande nos cofres estaduais”, diz o presidente da Fetems.
A categoria suspendeu os trabalhos por 24 horas. Não há informações se a interrupção nas atividades afetou o funcionamento de alguma escola.