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Política

Servidores em greve querem montar acampamento na frente da prefeitura

Antonio Marques | 12/04/2016 15:53
Servidores administrativos da educação querem acampar na frente da prefeitura para cobrar resposta do prefeito (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Servidores administrativos da educação querem acampar na frente da prefeitura para cobrar resposta do prefeito (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

A partir desta quarta-feira, dia 13, os servidores administrativos da educação, em greve desde o dia 31 de março, pretendem passar o dia acampados na frente do Paço Municipal. Até hoje, eles estavam fazendo manifestações diárias no local para pressionar o prefeito Alcides Bernal (PP) a aceitar as reivindicações da categoria.

Conforme o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, nesta terça-feira, 11, cerca de 350 pessoas estiveram concentradas em frente à Prefeitura da Capital, a partir das 10 horas. Permaneceram no local até as 12 horas, quando almoçaram no gramado e foram embora.

Por volta das 12 horas, segundo Tabosa, chegaram os servidores do nível superior, que são psicólogos, nutricionistas, contadores, economistas que atuam no serviço municipal para protestar contra a proposta do prefeito de escalonamento na reposição salarial. No entanto, a prefeitura ainda aguarda resposta do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) para reencaminhar projeto de reajustes dos servidores à Câmara Municipal.

Depois de ter sido contra a aprovação do projeto de lei que previa reposição salarial de 9,57% aos servidores municipais pelos vereadores, que perdeu o prazo limite determinado pela legislação eleitoral no último dia 5, Marcos Tabosa já fala em apoiar o novo projeto do prefeito com o mesmo índice. “Se o prefeito reenviar o reajuste para a Câmara aprovar, vamos trabalhar para aprová-lo até o dia 29 deste mês”, afirmou, porém questiona o fato de o índice ser escalonado para parte dos servidores.

Para Tabosa, o funcionalismo com nível superior é o mais prejudicado com a proposta do prefeito Alcides Bernal, que prevê 3,57% na folha de maio para pagamento em junho e 6%, na folha de dezembro para recebimento em janeiro de 2017. Essa transferência de responsabilidade no pagamento da maior parte do reajuste para o gestor, que vai assumir no ano que vem, está irritando os vereadores. Além do parcelamento ser rejeitado pelos servidores.

Os grevistas pedem bolsa alimentação de R$ 600, em lugar dos R$ 190 pagos atualmente e que o bônus pró-funcionário, que hoje acrescenta 40% no salário do servidor, aumente para 45%. Além do reajuste de 9,57% a ser encaminhado à Câmara novamente.

Conforme Tabosa, cerca de 60 escolas municipais de Campo Grande estão com problemas nos setores de limpeza e alimentação devido à greve dos servidores administrativos da educação, que já dura 13 dias (9 dias úteis). Ele garante que 700 servidores aderiram à greve.

O presidente do Sisem informou que nesta quarta-feira os servidores vão seguir a mesma estratégia realizada até hoje mas, depois de almoçarem no gramado, vão permanecerem acampados na frente da prefeitura até o final da tarde. “Nada impede os servidores posarem no local se assim decidirem amanhã”, revelou, acrescentando que está programado até show musical aos manifestantes.

Tabosa chegou a comentar que o prefeito teria proibido os manifestantes de usarem os banheiros e beberem água no Paço Municipal, o que foi negado pela assessoria de imprensa da prefeitura.

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