ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 22º

Política

Vereadores vêem “pegadinha” em reajuste oferecido a servidores

Eles reclamam que a maior parte dos 9,57% propostos pelo Executivo ficará para o próximo prefeito pagar

Alberto Dias | 12/04/2016 14:00

A bancada do PMDB utilizou a tribuna da Câmara Municipal, na sessão desta terça-feira (12), para protestar contra a polêmica envolvendo reajuste dos 22 mil servidores da Capital. O debate foi mediado pelo vereador Mario César, pautado em afirmações do prefeito Alcides Bernal (PP) de que o Legislativo teria barrado o reajuste de 9,57% oferecido ao funcionalismo.

“Não podemos aprovar um projeto de reajuste que chegou incompleto e em desacordo com os sindicatos”, justificou Mário César. A principal reclamação era, porém, acerca do escalonamento que incide sobre a maior parte das categorias. Na tribuna, o vereador Carlão (PSB) chamou o fato de “pegadinha”, já que 6% do reajuste chegariam apenas em dezembro, com impacto na folha de janeiro de 2017, quando o município já estiver sob a responsabilidade do novo prefeito eleito. “É como pintar a casa e mandar a conta para o vizinho pagar”, disse o parlamentar.

Na sequência, a colega de partido Carla Stephanini chamou o aumento de “pseudo reposição salarial”, apoiada por Paulo Siufi, também do PMDB, que defendeu sua classe, dos médicos, reclamando que o projeto enviado pelo Executivo não contemplava o aumento no valor dos plantões e da produtividade, como ficou acertado previamente.


Questionado pelo Campo Grande News, o presidente da casa, João Rocha (PSDB), explicou que o projeto de reajuste não foi enviado novamente para apreciação do Legislativo. Segundo ele, se os 9,57% estiverem dentro da lei eleitoral, que estipula o limite conforme a inflação, não existe a obrigatoriedade de uma nova votação pelos parlamentares.


Alex do PT também se envolveu na discussão para reclamar que o Executivo carece de um representante ou liderança na Câmara para que os assuntos como esse não “travem”, a exemplo do que tem ocorrido. “Por que o prefeito não veio aqui discutir o reajuste? Agora passa a ideia de que a Câmara virou as costas, sendo que o projeto da Prefeitura não tinha sequer o relatório de impacto financeiro", finalizou o petista.

Nos siga no Google Notícias