Sindicato põe nas ruas batalhão de 400 para pesquisar administração de Nelsinho
O presidente do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública), Amado Cheikh, revelou há pouco que cerca de 400 agentes de saúde e epidemiológicos de Campo Grande vão participar de pesquisa, idealizada pela categoria, para avaliar a administração do prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB).
A ideia surgiu no último domingo, após reunião entre os servidores. Conforme Amado, serão visitados pelo menos oito mil domicílios durante o levantamento, que deve começar entre o fim deste mês e o início de julho, nas mais diversas regiões da Capital.
Em uma semana, a classe espera divulgar os resultados da pesquisa e não descarta contratar instituto especializado no trabalho, embora considere a possibilidade remota por conta do alto custo.
Cheikh conta que, a princípio, o estudo será feito de forma informal durante a visitação dos agentes. Um servidor apenas consegue comparecer a 25 casas por dia.
“Entramos na residência das pessoas e é inevitável ouvir as reclamações sobre os mais diversos temas, inclusive, sobre a prefeitura. Esperamos com a pesquisa ajudar a administração municipal e fazer a diferença como servidores”, explicou o presidente do sindicato.
“Quando visitamos uma casa, muita gente não sabe que, mesmo sem querer, sabemos do drama das pessoas”, complementa.
Ele afirmou que ainda não sabe quantas perguntas serão feitas no formulário, no entanto, atesta que todos os questionamentos serão direcionados ao nível de satisfação dos campo-grandenses com a atual gestão.
Além disso, os servidores vão perguntar a opinião da população sobre a participação dos agentes na política da cidade.
Reivindicação - Amado Cheikh já declarou insatisfação com o prefeito Nelsinho Trad. “Ele não fez nada por nós”, disparou, em entrevista concedida ontem.
O líder da categoria reivindica melhores salários para os agentes, motivo de greve no começo do ano, bem como definições específicas para que os agentes de saúde não sejam confundidos com os comunitários. “Precisa estar bem claro e legal qual é nosso papel”, pontuou.