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Política

Solto, vereador que invadiu bêbado a casa de ex-namorada viaja para Curitiba

Na decisão de soltura, o vereador ficou proibido de se aproximar da mulher; viagem é para curso de capacitação

Lucia Morel | 09/05/2023 18:06
Vereadora Joana Michalski (PSB) repudiando ato de colega na Câmara de Sidrolândia hoje. (Foto: Reprodução)
Vereadora Joana Michalski (PSB) repudiando ato de colega na Câmara de Sidrolândia hoje. (Foto: Reprodução)

Prestes a ser investigado no Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Sidrolândia, cidade a 74 km de Campo Grande, vereador viajou para Curitiba (PR) e utilizou R$ 11 mil da verba de diárias e passagens para ir até a capital do Paraná. Elieu da Silva Vaz (PSB) foi preso na noite de domingo, dia 7, e solto ontem, ao pagar fiança no valor de R$ 5 mil.

A viagem é para curso de capacitação dos vereadores, cujo tema é atualização, modernização e reformulação da Lei Orgânica. O evento, conforme o Portal da Transparência da Câmara, tem início hoje e segue até dia 13.

O parlamentar foi preso por invadir a casa da ex-namorada, 35 anos, e dirigir sob efeito de álcool. Na decisão de soltura, o vereador ficou proibido de se aproximar da ex-namorada a menos de 200 metros e de manter contato com a mulher, familiares dela e qualquer pessoa que possa ser testemunha do caso. Ele vai responder pelos crimes de violência doméstica e embriaguez ao volante.

Página da Transparência mostra gasto com viagem a Curitiba. (Foto: Reprodução)
Página da Transparência mostra gasto com viagem a Curitiba. (Foto: Reprodução)

Em sessão – A vereadora Joana Michalski (PSB) falou na tribuna em sessão esta manhã sobre o caso. Usando o “X” vermelho na palma da mão – que indica pedido de socorro de mulheres vítimas de violência – ela afirmou que “basta”. “Venho aqui reverberar à sociedade em geral, conforme as notícias que veicularam nas mídias sociais e nos meios de comunicações do município e do Estado. Chega de violência! Basta!”.

Depois do discurso, ela apresentou requerimento para encaminhamento do vereador à Comissão de Ética da Casa de Leis para ser investigado. Ao Campo Grande News ela informou que “no ofício, relatamos à presidência os acontecimentos para que seja remetido ao Conselho de Ética e pedimos providências”.

Para ela, há “várias punições” possíveis ao colega parlamentar, entretanto, “por outro lado, a Câmara é um colegiado, assim estamos fazendo a nossa parte. Quanto ao resultado final, cabe à Casa. Nesse sentido, passa pelas mão do presidente do conselho ética, Junior Feline”, destacou.

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