Vereador Jamal presta novo depoimento agora de manhã no Gaeco
O vereador Jamal Salem (PR) é aguardado agora de manhã na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para prestar novo depoimento. Ele foi notificado pelo órgão para esclarecer sobre as declarações que levaram o vereador Edil Albuquerque (PMDB) a entrar com representação no MPE (Ministério Público Estadual), para que sejam apreendidos e periciados também os celulares dos vereadores que são testemunhas na Operação Coffee Break. O depoimento está marcado para às 9h30.
Segundo o advogado Rene Siufi, contratado pelo vereador do PMDB a ingressar com a representação, na última terça-feira, na Câmara Municipal, Jamal Salem declarou ter ouvido que o prefeito Alcides Bernal teria oferecido dinheiro para que os vereadores votassem contra a sua cassação.
Siufi disse que afirmação é grave é tem que ser apurada, por isso foi pedido a apreensão dos celulares dos vereadores que ainda não tiveram o aparelho apreendido e que participaram da sessão que resultou na cassação de Bernal, no dia 12 de março do ano passado.
Ao falar sobre o caso, Jamal Salem afirmou que não vai esconder nada ao Gaeco, vai falar a verdade. “A minha versão continua a mesma, eu ouvi comentários de pessoas que estavam presentes na sessão (em que Bernal foi cassado) que Bernal ofereceu vantagens para votar contra a cassação”. Questionado se essas pessoas seriam vereadores, ele negou. Disse que eram pessoas que estavam acompanhando a sessão.
Sobre a afirmação do advogado Rene Siufi que ouviu que no celular de Bernal poderá ser encontrado muita coisa com a perícia, Jamal Salem concorda. E vai mais adiante. “Com certeza deve ter muita coisa e também nos celulares de alguns vereadores que votaram contra a cassação”, afirmou ele, para acrescentar: “um ou dois vereadores”.
O vereador do PR disse que também aguarda a manifestação da Comissão de Ética, sobre o pedido apresentado, também na terça-feira, para que peça ao Gaeco a apreensão e perícia no celular de Alcides Bernal e também dos seis vereadores que votaram contra a cassação, que são testemunhas no processo.