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Política

Vereadores cogitam realizar sessão em praça se houver despejo

Kleber Clajus | 10/02/2014 13:12
Câmara ainda vive indefinição sobre despejo que pode ocorrer no dia 24 de abril (Foto: Marcos Ermínio)
Câmara ainda vive indefinição sobre despejo que pode ocorrer no dia 24 de abril (Foto: Marcos Ermínio)

Mesmo com a iminência de um possível despejo, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ainda não definiu o local para onde irão os 29 vereadores. O prazo, que termina em 24 de abril, leva o presidente do Legislativo, Mario Cesar (PMDB), a cogitar a utilização de sessões itinerantes e até mesmo a instalação de uma tenda na Praça do Rádio Clube, no centro da Capital.

“Não há nada de concreto e a culpa da situação que vivemos é do prefeito de Campo Grande, não apenas dessa gestão que precisa resolver o problema. Não vamos ficar sem trabalhar, nem que para isso precisemos montar uma tenda na Praça do Rádio, mas espero que isso não aconteça”, comenta Mario.

O uso de sessões itinerantes, em que há votação de projetos mesmo fora da Câmara, também é apontada como solução para a continuidade dos trabalhos legislativos.

Mario Cesar ressalta que “seria de bom tom” que Bernal resolvesse a questão de forma definitiva, do contrário pode enfrentar uma nova ação de improbidade administrativa.

Soluções – O prédio atual da Câmara Municipal, no Bairro Jatiuka Park, rendeu ao município dívida de cerca de R$ 26 milhões com a locatária Haddad Engenheiros Associados. Isso porque os aluguéis deixaram de ser pagos integralmente em 2007.

Uma das saídas apresentadas pelos vereadores é a desapropriação do prédio, avaliado pela empresa em torno de R$ 16 milhões. Nesse sentido, seria utilizado recurso do duodécimo devolvido pela Casa de Leis à Prefeitura de Campo Grande que, em 2013, chegou a pouco mais de R$ 8 milhões. No acumulado de 2005 a 2012, foram R$ 38 milhões devolvidos.

“Não estamos nos furtando da responsabilidade, mas a Câmara não possui personalidade jurídica. A responsabilidade é do prefeito e continuamos trabalhando sem nos ater só a isso, mas estamos preocupados com os desdobramentos”, esclarece Mario Cesar.

Por outro lado, Bernal prometeu em 20 de novembro a construção um Parque Administrativo, que estaria pronto em seis meses. Até o momento a obra ainda não teve início.

O presidente da Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Valter Cortez, entregou em janeiro três propostas para um novo prédio da Câmara, mas preferiu o mistério sobre os locais “para não causar mais polêmica ainda”.

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