Vereadores fazem coro por arena para shows em Campo Grande
Com a Expogrande ameaçada por mais um ano e o registro de violência no Carnaval da Fernando Corrêa da Costa, vereadores voltaram a pregar, a exemplo do ano passado, a necessidade de uma arena multiuso para realização de grandes eventos em Campo Grande.
“Tem que arrumar um lugar adequado. A arena poderia ser este lugar porque Campo Grande precisa disto”, disse o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB). “Daqui a pouco os moradores da região da Praça do Papa também não vão aguentar”, comentou, mencionando sobre o desfile das escolas de samba.
Líder do prefeito na Câmara, o vereador Flávio Cesár (PMDB) seguiu a mesma linha defendendo um “lugar seguro e adequado”. Segundo ele, a arena poderia sediar, não só o Carnaval popular, mas a Expogrande. No entanto, ele admitiu que o novo local para shows da Capital ainda está na fase de estudos e que nem a região da cidade foi escolhida.
Questionado se os registros de violência no Carnaval da Fernando Corrêa obrigariam mudar o evento de local, o petista Marcos Alex brincou. “Vamos fazer de Campo Grande um grande mosteiro tibetano então, pois no Laucídio Coelho não pode, no Parque das Nações Indígenas também”, disparou.
Alex ainda minimizou o tiroteio ocorrido na Fernando Corrêa da Costa. “Em boate acontece isto. E se não for a Fernando Corrêa vai ser aonde? Creio ter que deva haver mais investimento em Segurança Pública, mas o povo não pode ficar sem opção”, discursou.
Presidente da Comissão de Cultura da Casa de Leis, o vereador Athayde Nery (PPS) enalteceu a primeira noite do Carnaval na avenida, que atraiu 70 mil pessoas. “Defendo discutir esta questão na Casa. Mas creio também que o Carnaval popular poderia ser feito nos bairros”, sugeriu.
Já o presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), pregou que o evento seja mantido. Ele revelou que, em conversa com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), as negociações para a instalação da arena multiuso estão avançadas.
“Tem que investir mais em segurança, com fiscalização e esquemas rigorosos, e em orientação para acabar com as algazarras, que são motivadas por bebidas alcoólicas ou drogas. E outra: no Rio de Janeiro tem casos de violência na Bahia também”, complementou.