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Política

Vereadores mantêm veto do prefeito e criarão novo projeto em 30 dias

Com a manutenção do veto, projeto é automaticamente arquivado

Mayara Bueno e Alberto Dias | 09/06/2016 11:07
Maioria dos manifestantes na Câmara hoje é contra o projeto. (Foto: Fernando Antunes)
Maioria dos manifestantes na Câmara hoje é contra o projeto. (Foto: Fernando Antunes)

Os vereadores decidiram manter o veto à “lei da mordaça”, projeto que restringe a discussão de política, religião e gênero nas escolas, e elaborar uma nova proposta em 30 dias. Com a manutenção do veto, o projeto é automaticamente arquivado. 

Segundo o vereador Lívio Leite, os parlamentares deliberaram pela manutenção da proibição e que, em 30 dias, apresentarão uma nova proposta que contemple os dois lados. O parlamentar se refere às pessoas que defendem a derrubada da proposta, alegando que a lei é retrocesso, e também àqueles que apoiam a legislação restritiva. Há pouco, foi anunciada a manutenção do veto pelo presidente da Câmara, João Rocha (PSDB). 

Ele acrescentou que uma comissão de vereadores apresentará um novo projeto, mas não deu detalhes sobre o conteúdo da proposta. Alguns manifestantes não gostaram da ideia, que gritaram que não há acordo.

O vereador Paulo Siufi (PMDB), autor do projeto, defendia a continuidade da lei, alegando que não se trata de proibição destes temas, mas a não doutrinação nas escolas. Aproveitou também para dizer que o prefeito Alcides Bernal (PP) é o responsável pela repercussão, atribuindo à ele a autoria do nome "lei da mordaça". Jás os vereadores Eduardo Romero (Rede), Luiza Ribeiro (PPS) e Marcos Alex (PT), eram favoráveis à manutenção do veto.

No plenário, a maioria se manifesta contra o projeto. Eles chegaram cedo na Câmara para garantir lugar na sessão de votação – foram distribuídas 354 senhas, número de lugares no plenário.

*Matéria editada para acréscimo de informação às 11h15.

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