Votação de veto testa nova base de Bernal na Câmara após o Carnaval
A controvérsia sobre o número real de integrantes da base de apoio ao prefeito Alcides Bernal (PP) deve acabar na próxima quinta-feira por ocasião da votação de um veto a projeto aprovado pelos vereadores. Trata-se do veto total de Bernal ao Projeto de Lei n° 7.425/13, de autoria dos vereadores Paulo Siufi e Carlão, que dispõe sobre a jornada de trabalho dos profissionais que especifica e dá outras providências.
O veto está pautado em única discussão e votação para a sessão desta quinta-feira (dia 6 de março), sendo necessários 15 votos para derrubá-lo, o que corresponde à maioria absoluta (metade mais um), já que a Câmara de Campo Grande possui 29 membros.
Graças à articulação política do secretário municipal de Governo, Pedro Chaves, e de colaboradores, Bernal conseguiu aumentar a base de apoio, que chegou a ficar esquálida no final de dezembro do ano passado, com apenas seis integrantes, segundo admitiu o próprio prefeito no dia 26 daquele mês quando em sessão de julgamento de processo de cassação na Câmara, a qual foi suspensa por ordem judicial.
Hoje, Pedro Chaves garante que Bernal tem pelo menos o apoio de 14 vereadores, embora agora evite citar os nomes. No final de janeiro já eram 11 integrantes e Chaves não se negava a nominá-los, incluindo na lista os vereadores Carlos Augusto, o Carlão (PSB), Zeca do PT, Airton Araujo (PT), Derly dos Reis, o Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS), Gilmar da Cruz (PRB), Paulo Pedra (PDT), Edson Shimabukuru (PTB), Alceu Bueno (PSL), Jamal Salém (PR) e Marcos Alex (PT). Há também indicativos de que Bernal pode ter ganho a adesão de Paulo Siufi (PMDB).
Mesmo que Siufi já integre a base de Bernal, como ele é autor do projeto vetado junto com o vereador Carlão, a tendência é que seu voto seja pela derrubada do veto, assim como o do socialista.
No último teste da capacidade da base de apoio de Bernal de aprovar matérias de seu interesse houve derrota. Foi durante a tentativa de votação do Serviço de Vigilância Municipal (SIM) no mês passado, quando vereadores da oposição se ausentaram do plenário e o projeto não pode ser votado por falta de quórum.