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Ação de batedores de carteira só aumenta em cidades europeias

Golpistas agem em grupos nos pontos turísticos, metrô, trem e ruas de grande fluxo de pessoas na Europa

Por Paulo Nonato de Souza | 21/06/2024 08:36
Museu do Luvre, em Paris, um dos pontos turísticos onde os golpistas escolhem suas vítimas (Foto: Emerson Peres)
Museu do Luvre, em Paris, um dos pontos turísticos onde os golpistas escolhem suas vítimas (Foto: Emerson Peres)

A Europa não é mais um destino turístico seguro. Cidades importantes para o turismo como Paris, Roma, Londres e Munique, por exemplo, enfrentam uma forte onda de furtos, triste situação constatada pelo Campo Grande News em dezembro de 2023 – “Paris, sempre fascinante, virou paraíso dos golpistas – ao presenciar ações de criminosos, os chamados pickpockets, batedores de carteiras que atuam em grupos formados por jovens e adultos.

A situação só tem piorado em 2024. Brasileiros que vivem na Europa, ouvidos pelo Campo Grande News, relatam que no pós pandemia esse tipo de violência cresceu muito nas principais cidades europeias, agravada ainda mais com o aumento constante da imigração irregular para a União Europeia. Nos últimos dois anos a UE recebeu 5,1 milhões de pessoas fugindo de conflitos em países árabes e africanos.

Portanto, quem tem planos de viajar para a Europa precisa ir consciente de que poderá se deparar com perrengues que durante muito tempo pareciam exclusivos das ruas de grandes cidades brasileiras. Recomendações do tipo “proteja sua carteira, cuide da sua bolsa e não saia sozinho pelas ruas à noite”, tão comuns no Brasil, agora fazem parte do cenário europeu.

 Ao sair pelas ruas, em caminhadas, metros ou ônibus e nos pontos turísticos, as autoridades recomendam manter bolsas e mochilas à frente do corpo, evitar assentos próximos às portas de trens e registrar queixas na polícia em caso de furto. Reagir não é recomendável, nem perseguir os criminosos para tentar recuperar seus pertences. Isso pode resultar em problemas legais, porque eles agem em grupos e logo passam adiante os produtos de seus roubos.

 “O mundo se abrasileirou”, alerta o campo-grandense Carlos Henrique Camargo de Arruda, técnico na área de tecnologia da informação, há 10 anos radicado em Bruxelas, na Bélgica. O alvo dos grupos organizados de golpistas é qualquer pessoa que esteja desatenta pelas ruas ou locais de grande movimento, mas, especialmente turistas.

 As táticas dos golpes são comuns para brasileiros, nada que a gente já não tenha visto ou vivido no Brasil, como o uso de três copinhos, que são embaralhados virados para o chão para a vítima adivinhar onde está o prêmio,  empurrar as vítimas para roubar a carteira, fingir que algo caiu no chão ou derramar líquidos sobre as vítimas para distraí-las. Os lugares preferidos dos golpistas em Paris incluem a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, a Catedral de Notre-Dame, o Museu d’Orsay e o Louvre. Em Londres, o Borough Market é conhecido como o “corredor dos pickpockets”.

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