De moto, casal ensina como transformar o fim de semana em miniférias
Com essa estratégia, Fernando e Claudia já catalogaram desde praia até o "cânion de MS"
Do ponto mais próximo ao mais longe de Mato Grosso do Sul, um casal de Campo Grande está catalogando todos os destinos que não encontravam na internet. Transformar o fim de semana em "miniférias” despertou a curiosidade nos amigos dos dois e agora as aventuras também são registradas no Instagram.
O nome do perfil uniu o gosto musical à paixão pela estrada: Rock and Road. Com dicas sobre os trajetos, valores e atrativos, o casal também chama atenção pelos registros fotográficos, um mais lindo do que o outro.
Fernando Hassessian, de 37 anos, é fotógrafo e Cláudia Regina Lopes Quimelato, de 36, contadora. Casados há 19 anos, as viagens começaram aos poucos, mas se intensificaram nos últimos dois.
Com os primeiros trajetos de carro e outros acompanhados de amigos, o casal hoje pega o trecho sobre duas rodas. “Com o WhatsApp começamos a postar as fotos no status. As primeiras perguntas sobre distância, valores e outras dúvidas vieram de um grupo do trabalho. Logo depois amigo perguntou uma dica de uma viajem curta, pois o primo de São Paulo estava aqui. Até que decidimos montar um Instagram e repassar essas informações”, conta.
“A ideia também se fortaleceu, principalmente porque a gente não conhecia todo o Estado e sempre que procurávamos informações sobre locais na internet não encontrávamos. Tínhamos de ligar nas secretarias dos municípios para perguntar. Começamos a pouco tempo, mas estou adorando. Alguns lugares já conhecíamos de carro e agora estamos redescobrindo de moto. No começo fiquei um pouco apreensiva, mas me rendi”, garante Cláudia.
Desde a infância, Fernando cultivava o sonho de ter uma motocicleta. O desejo foi conquistado no início do ano e, desde então, os percursos são feitos com uma “pitada” a mais de aventura. “Esse ano compramos uma motociclista especifica, é uma estradeira Yamaha Midnight Star, bem Rock and Roll”, conta Fernando.
Até agora dois destinos foram os que mais surpreenderam o casal. Ribas do Rio Pardo a cerca de 1 hora Campo Grande e Costa Rica que fica na região Norte, um pouco mais longe da Capital.
Para Ribas do Rio Pardo, partindo de Campo Grande, o casal explica que assim que ao chegar no município é necessário andar mais 3km até cruzar a ponte do Rio Pardo e, logo em seguida, uma entrada à direita e uma placa com o nome do Balneário Mantena é avistada. Por mais 3 km de estrada se cruza a ponte sobre o Ribeirão Mantena e chega ao balneário. Pontos positivos são a gratuidade, distância e tranquilidade, o negativo é que os 3 km de areia dificulta a pilotagem.
Para Costa Rica, o casal explica que partindo de Campo Grande a distancia é de 400 km e cerca de 5 horas de viagem passando por Chapadão do Sul. Tem a opção de ir direto de Paraíso das Águas sem passar em Chapadão encurtando o caminho em 50 km, mas o caminho é de terra, só vale a pena se estiver com carro ou moto apropriada. O trecho entre Camapuã e Paraíso está em péssimas condições, o que pode atrasar um pouco a chegada.
Pontos positivos são a qualidade e quantidade de atrações e valores acessíveis. Já os negativo são a distancia, trecho de estrada ruim e poucas opções de bares e restaurantes.
“Em Ribas, o balneário municipal é gratuito e presenteia com uma água cristalina. É pertinho da gente e pouca gente conhece. Costa Rica foi surpreendente. A cidade tem tantas atrativos que ficamos surpreendidos”, conta.
“Apesar de longe, Costa Rica tem coisas que eu nem imaginava que tinha. No caso do Balneário de Ribas, é muito gostoso, mas como não tem lanchonete é bom se organizar e levar o que comer”, completa Claúdia.
Além de subir o Morro do Paxixi de motocicleta, em Costa Rica, por exemplo, o casal teve a visão panorâmica do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari no Cânion do Engano. Em Paranaíba descobriram uma praia de água doce próximo a divisa com Minas Gerais e, em Corumbá desbravaram a Estrada Parque e estenderam a viagem até a Bolívia para uma comprinhas na região fronteiriça.
A 40 quilômetros do município de Cassilândia, logo após a divisa com o estado de Goiás, a Lagoa Santa também foi um dos destinos do casal. Claúdia admite que a viagem até as águas cristalinas na temperatura entre 29°C a 31°C graus, foi inspirada em reportagem do Lado B.
“Na companhia de um guia, você acaba conhecendo cinco lugares diferentes por R$ 120, como os balneários, atrativos e uma tirolesa que passa sobre umas cascatas que lembra muito as cataratas de Iguaçu”, frisa a contadora.
“Por exemplo, temos o sonho de ir à Bahia, mas antes disso vimos que tinha Bonito ao nosso lado e que uma visita a Gruta do Lago Azul era apenas R$ 60”, pontua Fernando.
Dentro de Mato Grosso do Sul, o casal só não conhece cinco cidades: Rio Brilhante, Pedro Gomes, Jateí, Taquarussu e Paranhos.
O objetivo é mostrar e informar sobre locais sul-mato-grossenses, mas o casal já foi à Brasília e o próximo destino é Cuiaba (MT), quando novamente cruzarão divisas.
“Às vezes a gente fica sonhando em viagens para Europa, quando temos belezas naturais do nosso lado”, finaliza Fernando.
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