De novembro a abril, a melhor época para a sua aventura na Patagônia
Além de Bariloche, a região tem Ushuaia, última cidade ao sul do planeta, a entrada para a Antártica, conhecida como Fim do Mundo
Se a Patagônia é um dos 100 lugares que você precisa visitar antes de dizer que conhece a América do Sul, então está na hora começar a planejar a sua viagem, porque é de novembro a abril a melhor época para realizar este sonho. É quando o território patagão, dominado por geleiras e intensa vida selvagem, que vai da Argentina ao Chile, dá lugar a temperaturas mais suportáveis, ainda que o clima permaneça frio com variações de 5°C a 25°C.
Nem tão frio, nem tão quente. É assim o verão na Patagônia, uma região com 930 mil quilômetros quadrados, onde estão localizados dois dos destinos internacionais mais famosos do turismo de aventura: Bariloche e Ushuaia, principais cidades das províncias de Rio Negro e Terra do Fogo.
É a época em que você pode realizar roteiros inacreditáveis, como trekking (caminhadas em montanhas), trilhas por cenários incríveis, pedalar em estradas com vistas deslumbrantes e passear pela Região dos Lagos Andinos, com lagos, cachoeiras e vulcões, e tudo isso sem o perrengue do frio quase insuportável do período de inverno.
São sete lagos de águas claras e azuis que abrangem Argentina e Chile, no norte da Patagônia. No verão a neve sai de cena e o que se pode ver, além dos lagos, são montanhas cobertas pelo verde da vegetação. A opção por barco pelo lago Nahuel Huapi, desde Bariloche, é um dos caminhos mais procurados para chegar na Região dos Lagos.
Enfim, há muito o que fazer na Patagônia, ainda que não seja a sua primeira vez. Bariloche e Ushuaia são as localidades mais conhecidas, mas tem El Calafate, na fronteira argentina com o Chile, não tão badalada, mas com um atrativo bem interessante: o Glaciar Perito Moreno, uma imensa geleira de 5 km de largura e 60 metros de altura.
Destino da maioria dos voos, Bariloche é a principal referência da maioria das pessoas que visitam a Patagônia. Se este for o seu roteiro, aproveite para conhecer Cerro Catedral, uma das mais famosas estações de esqui da Argentina. Mesmo no verão, quando não há neve, o lugar vale a pena conhecer.
São 1.578 km desde Buenos Aires pela rodovia RN-237. Portanto, o melhor a fazer é pegar um voo entre São Paulo e Bariloche, direto ou com conexão na capital argentina (Gol, Latam e Azul têm voos diretos), e lá alugar um carro para ampliar o seu leque de opções de localidades para conhecer.
Bariloche até pode ser sinônimo de Patagônia, mas Ushuaia, distante 2.168 km, tem o charme de ser a capital da Terra do Fogo, a última cidade ao sul do planeta, porta de entrada para a Antártica, conhecida como o Fim do Mundo.
O verão em Ushuaia é incrível. Os dias amanhecem por volta de 4h da manhã e sol só se põe depois das 10h da noite, mas não pensem que não estará frio. Mesmo no verão as temperaturas são baixas com média entre 10ºC e 12ºC.
Entre tantos atrativos, como a Laguna Esmeralda, que durante o inverno fica congelada e coberta de neve, e caminhadas pelas montanhas, um dos lugares mais interessantes é a Isla Martillo, conhecida como Ilha Pinguinera. É onde os pinguins se reúnem no verão para se reproduzirem. São milhares deles em Pinguinera, entre outubro e abril.
Há diversas alternativas para você chegar em Ushuaia, inclusive de navios que partem do lado chileno da Patagônia. Por estrada, são 2.370 km desde Buenos Aires, uma viagem longa e cansativa e sem linha direta de ônibus, mas há muitas alternativas de voos diários que partem da capital argentina.