Escolha a época certa e se encante pela capital alemã
Berlim, fascinante em qualquer época! Sim, com certeza a cidade tem muito a ser visto e vivenciado pelos viajantes, mas, se puder escolher quando visitar a capital alemã, então a dica é planejar sua viagem para o período entre maio a setembro. Irá encontrar um clima suave e bem mais agradável do que as temperaturas abaixo de zero normalmente registradas entre novembro a fevereiro, por exemplo.
Melhor não fazer o que fez o campo-grandense Carlos Henrique da Silva Mota, que escolheu o mês de janeiro para realizar um tour pela Alemanha com a família. “Minha filha queria conhecer neve e eu sou apaixonado pela história alemã. Então, desembarcamos em Berlim no dia 02 de janeiro de 2011 com -10 graus e muita neve. A paisagem é encantadora, mas foi muito sofrimento. Tanto que minha filha ficou traumatizada. Passou a odiar o frio”, comentou.
Fora o perrengue do frio congelante do famoso e temido Inverno alemão, tudo em Berlim é encantador. Só tem que escolher a época mais adequada à sua preferencia, planejar a viagem e partiu Alemanha. “Se a barreira linguística pode parecer um problema, basta chegar à capital alemã para se dar conta do quão internacional ela é”, sugere o site VamosViajar, da Latam, com base em dados da prefeitura local. Diz que 35% dos moradores nasceram no exterior, o que torna o inglês o idioma extraoficial berlinense.
Nem precisa ficar muito tempo, três dias já serão suficientes para um bom passeio. Veja algumas dicas do VamosViajar para você otimizar sua visita a Berlim, começando pela platz (praça) mais famosa da cidade. É a Alexanderplatz, referência desde os tempos medievais, além de ter sido e o centro nevrálgico da Berlim Oriental. É ali que fica a alta e célebre Torre de Televisão, além do Relógio Mundial, dispositivo pra lá de interessante que mostra a hora de todas as cidades do mundo, e a Fonte da Amizade entre os Povos. Também na região dá para fazer compras na Galeria Kaufhof e visitar a Igreja Marienkirche, erguida em 1380.
A chamada Ilha dos Museus fica a poucos passos dali. A Museumsinsel está em uma ilhota sobre o rio Spree, que corta a cidade, e abriga cinco grandes museus: o Altes Museum (Antigo), o Neues Museum (Novo), o Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional), o Bode-Museum e o imperdível Museu de Pergamon, que dentre o acervo histórico conta com o incrível portão de Ishtar, que com seus 15 metros de altura demarcava a entrada da antiga Babilônia.
No seu segundo dia em Berlim vale começar o tour no símbolo da cidade, o Portão de Brandemburgo, que data do fim do século 18. A poucos metros de distância, a Potsdamer Platz é sinônimo da Berlim moderna. Vale entrar no Sony Center e conferir a enorme cúpula de cristal e aço que muda de cor dependendo da iluminação. Dá para se programar e parar ali para comer, já que o prédio conta com bons bares e restaurantes. Vale lembrar que toda essa região ficou destruída após a Segunda Guerra Mundial e o Portão foi uma das poucas construções que se salvou, ainda que com avarias.
Bem ao lado, fica o memorial aos judeus, labirinto de 2.710 colunas que reforçam a memória do Holocausto. Há também uma sala de exposição subterrânea no local. Importante, há que se reservar umas horinhas para explorar o Großer Tiergarten, parque mais antigo da cidade que fica grudado ao portão. O rosário e o bosque de rododendros, lindos arbustos coloridos, são imperdíveis na primavera.
No terceiro dia, chega o momento de explorar o que restou do Muro de Berlim. Inteiramente grafitada, a antiga muralha que dividia a Alemanha e sua capital em duas abriga hoje obras icônicas, como La Buerlinica, que faz referência à Guernica, de Pablo Picasso, mas com as cores da bandeira alemã. Depois desse momento histórico e de reflexão, será hora de visitar o divertido bairro de Kreuzberg.
O lugar é lar de estudantes, artistas e uma grande população turca, com muitos restaurantes, brechós, cafés descontraídos e o Viktoriapark, inaugurada em 1894.Por lá, a arte urbana se faz presente nos grafites nos muros e nas galerias independentes. Vale se perder pelo Mercado de Marheineke com boas opções para comer bem pagando pouco. Mas talvez o ponto alto do bairro seja a Bergmannkiez e seus bares descolados, lojas diferentonas e ateliê de artistas locais, abertos ao público.