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Disruptiva ou Incremental: qual o papel da inovação nas empresas?

Por Simone Viotto (*) | 12/12/2024 13:30

Frequentemente em pauta no ambiente corporativo, a cultura de inovação torna as empresas adaptáveis aos cenários de constante transformação digital. Seja incremental ou disruptiva, o importante é entender que este conceito vai além de eventos pontuais, isto é, ela se constrói diariamente, principalmente no olhar atento dos colaboradores para os processos e na busca contínua por melhorias.

Neste sentido, presente em cada detalhe da rotina corporativa, a inovação é vista no desenvolvimento de ferramentas e soluções que auxiliam tanto na eficiência quanto na produtividade da empresa, trazendo resultados expressivos, a exemplo da implementação de um software que otimiza o tempo das atividades de 2h para 20min.

Embora menos visíveis que inovações disruptivas, as novidades incrementais desempenham um papel essencial no progresso contínuo da organização, sendo assim essenciais para a rentabilidade dos negócios, ao passo que elas refletem nossa capacidade de olhar para o que já fazemos e, com isso, buscar novas formas de fazer melhor. Inclusive, elas não apenas aumentam a produtividade, como também melhoram a qualidade dos serviços prestados e o bem-estar no ambiente corporativo.

Este processo requer dúvidas metodológicas como: "Essa atividade pode ser efetuada de outra maneira? Faz sentido esse processo?. Como posso ser mais produtivo?", entre outros questionamentos. Afinal, quando nos questionamos temos a possibilidade de realizar uma análise crítica das questões, processos e dores, buscando assim alternativas para saná-las.

Fundamental para qualquer tipo de inovação, o inconformismo do ser humano nos torna mais inovadores. Aliás, outro conceito interessante são os "preguiçosos inteligentes". Estas pessoas procuram maneiras de simplificar processos a partir de soluções criativas que minimizem o tempo, a fim de otimizar suas respectivas tarefas.

Considerada uma forma de inovação, o conceito não possui relação com desleixo, descaso ou falta de vontade, por exemplo. Acompanhada da palavra inteligente, a definição traduz colaboradores que estimulam um ambiente mais produtivo e inovador.

Não à toa, a inovação incremental não pode ser subestimada. Afinal, criações como a mala de rodinha, embora sejam simples, são revolucionárias e, consequentemente, inovam o setor como um todo. Ela possibilita que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças e melhorem constantemente.

Logo, seja disruptiva ou incremental, cada inovação possui o seu valor e nenhuma das duas deve ser ignorada. Contudo, estritamente elas possuem o seu papel e importância dentro dos contextos que se apresentam e se ainda aparecerão durante nossa carreira.

Para que a inovação seja permanente, é essencial criar espaços em que as ideias possam ser discutidas livremente e, acima de tudo, enxergá-las como um processo contínuo que transforma a empresa de forma profunda e duradoura. Portanto, apesar da inovação disruptiva ser excitante, são as inovações incrementais que sustentam o crescimento a longo prazo da companhia, uma vez que elas acontecem nos detalhes do dia a dia.

(*) Simone Viotto é administradora com MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Liderança na USF, possui mais de 15 anos de experiência na área de gestão de pessoas.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros. 

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