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Meio Ambiente

Startup de MS recolhe óleo usado na maior favela do Brasil e planeja franquias

A tecnologia permite que moradores descartem o óleo recebam pontos, que podem ser trocados por outros produtos

Por Lucas Mamédio | 18/04/2025 08:07


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A startup Óleoponto, de Mato Grosso do Sul, instalou uma máquina de coleta de óleo de cozinha na Rocinha, Rio de Janeiro. A iniciativa, em parceria com o projeto "Sabão no Morro", permite que moradores troquem óleo usado por produtos de limpeza feitos na comunidade, promovendo sustentabilidade e geração de renda local. A Óleoponto planeja expandir o modelo para outras regiões e transformar a iniciativa em franquia, destacando-se por sua inovação e impacto social. A tecnologia já recebeu reconhecimento nacional e internacional, participando de eventos como a COP 26.

A startup sul-mato-grossense Óleoponto, criada pelo empreendedor Zadrik Mendonça, instalou sua máquina inteligente de coleta de óleo de cozinha no coração da Rocinha, no Rio de Janeiro, maior favela do país. A ação é fruto de uma parceria com o projeto local "Sabão no Morro" outro projeto local consolidado de sustentabilidade, inclusão social e economia circular.

A tecnologia permite que moradores descartem o óleo usado e recebam pontos em troca, que são convertidos em produtos de limpeza produzidos por mulheres da própria comunidade. "O modelo, baseado em logística reversa, garante renda local e evita a contaminação de até 25 mil litros de água por litro de óleo descartado", explica Zadrik

Segundo empreendedor, a iniciativa é apenas o começo. “Fizemos uma parceria para fabricação e já temos estudos adiantados para fazer da Óleoponto uma franquia. Não existe tecnologia parecida no mundo e isso nos dá um mercado gigantesco que pretendemos explorar”, afirmou.

Do lixo ao produto - A cadeia construída com o projeto Sabão no Morro envolve a coleta do óleo, o acúmulo de pontos pelos moradores e a troca por sabão, detergente e amaciante produzidos na oficina da comunidade. Todo o processo é tocado por moradoras da Rocinha, fortalecendo o empreendedorismo feminino e a geração de renda local.

Startup de MS recolhe óleo usado na maior favela do Brasil e planeja franquias
Máquna da Óleoponto instalada na Rocinha (Foto: Divulgação)

Potencial em Mato Grosso do Sul - A tecnologia nasceu em Mato Grosso do Sul e também tem potencial para uso em larga escala no próprio estado. Dados indicam que são descartados anualmente cerca de 8,3 milhões de litros de óleo usado em MS. Desse total, 5,7 milhões são jogados de forma inadequada, com potencial para contaminar o equivalente a 1.100 vezes o volume da Lagoa do Amor, em Campo Grande.

A proposta da empresa é expandir o modelo a outras comunidades urbanas e cidades brasileiras, replicando o formato de sustentabilidade com impacto social direto. A possibilidade de virar franquia reforça o caráter escalável da solução, que une inovação, preservação ambiental e transformação social.

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