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Paz e Amor

Heitor Rodrigues Freire (*) | 03/07/2021 08:30

A humanidade, ao longo da história, foi tendo sua caminhada enriquecida pelo trabalho de muitos seres iluminados, que com seu exemplo contribuíram para iluminar sua senda.

Hermes Trismegisto no Egito, Confúcio e Lao-Tsé na China, Buda na Índia, Sócrates, Platão e Aristóteles na Grécia, Jesus Cristo em Israel, Maomé na Arábia, etc.

De todos eles, a meu ver, o que deixou a mensagem mais clara e perene foi Jesus, o Mestre dos Mestres. Ele foi tão importante que a história ocidental é contada antes e depois do seu nascimento. Uma vez li que Jesus Cristo, na espiritualidade, é considerado o regente do nosso Sistema Solar e seu trono é o Sol. Nada nasce ou prospera neste planeta sem a luz do Sol. Alguns ensinamentos que se perpetuaram, no tempo e no espaço:

“Enquanto eu estou no mundo, eu sou a luz do mundo” (João 9:5)

Ao se referir a Jesus, Zacarias falou: “Ele será o sol nascente das alturas que nos visitará.” (Luc 1:78, 79).

"Eu sou a luz do mundo e quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." (Jo.8:12)

Aprendi também que todo o ensinamento de Jesus está embasado em dois conceitos fundamentais: a paz e o amor.

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27).

“Quando entrarem numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa”. (Lucas 10:5)

“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”. (Marcos, 12:30).

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que este”. (Marcos 12;31).

À medida que cada um de nós cumprir essas orientações básicas, iremos corresponder ao que viemos fazer neste mundo: Aprender. Cada situação vai nos ensinando a compreender um pouco mais, e depende de nós assimilarmos os fatos como uma provação ou como algo a se lamentar. A experiência atual, que nos proporciona esta encarnação, é a oportunidade que temos para praticar e evoluir.

Hoje, nestes tempos de pandemia, temos a boca tampada, que talvez seja um sinal para aprender a falar menos e observar mais, praticar o silêncio e olhar o que está dentro de nós, sem esquecer que um dia entramos neste corpo e há algo mais que gera o movimento, que não se pode ver, nem tocar. Em todas as crenças isso recebe nomes diferentes: alma, anima, consciência, espírito, ser, energia vital e outros mais – o importante é que ele habita o nosso interior e contém as nossas virtudes primordiais, algo que não devemos esquecer.

Interpretando e cumprindo adequadamente os ensinamentos de Jesus, compreenderemos que a segurança externa, de antemão, é uma batalha perdida. A verdadeira segurança não está regida pelas circunstâncias externas, mas relacionada às leis universais que nos orientam para a busca interior.

Na realidade, trata-se de um estado emocional interno, que nos permite viver com fé, consciência, coragem, confiança e ousadia, libertando-nos da obsessão de nos paralisarmos com potenciais ameaças e perigos futuros.

A grande maioria das pessoas apenas passa pela vida. São espectadores de filmes, de novelas, de jogos, de tantos divertimentos, coisas que, salvo algumas exceções, em geral,  servem apenas para nos distrair ou para nos tirar da realidade, que para ser vivida plenamente tem que ser consciente. Não dá para viver pelos outros, pois não podemos nos alimentar pelos nossos filhos ou amigos. Cada um deve ser seu próprio protagonista. Somos seres únicos, incomparáveis.

Ao longo de muitas encarnações pelos séculos afora, nós construímos afeições e vínculos de todas as espécies com outros espíritos. São grandes grupos que viveram sob nossas influências e pelos quais, ao mesmo tempo, somos influenciados.

Os tempos de hoje, de tantas provações, não nos permitem mais vivermos anestesiados, ou continuar fazendo de conta, brincando com a vida. Não podemos nos dar ao luxo de nutrir mágoas ridículas.

Todos nós, a tempo e hora, sem nenhuma exceção, responderemos por nossos atos perante o tribunal da nossa própria consciência e receberemos de acordo com nossas obras. E isso nos foi informado há mais de dois milênios por Jesus.

“Com a mesma medida que medirdes, sereis medidos”. (Marcos 4:24)

Assim, estes tempos devem merecer de todos nós uma profunda reflexão. A hora é esta e o momento é agora. Não dá para adiar mais.

Que a Paz e o Amor reinem em nossos corações!

Heitor Rodrigues Freire (*) – Corretor de imóveis e advogado.

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