Soluções pautadas pela natureza
A história da evolução do bioma Pantanal certamente pode ser considerada pioneira no país, pelas “soluções pautadas pela natureza”.
O privilégio de ter convivido com homens e mulheres pantaneiras me evidenciaram este fato. Nenhuma decisão foi tomada de forma contrária ou desafiando a força ou os limites da natureza.
Passado milhares de anos, entre índios e brancos, o território se manteve íntegro com poucas perdas. Cabe destacar que as mudanças mais abruptas foram causadas por forasteiros que desconhecem a necessidade de equilibrar e respeitar a natureza para sobreviver.
Na ausência de bom senso e nas lacunas legais para agressões, fez-se necessário a definição de um novo marco legal. Construído de forma equilibrada e respeitosa junto com o Executivo, que se manteve firme diante de inúmeras pressões, a mensagem foi para Assembleia.
Encontrou o projeto na casa, a maturidade e celeridade necessária ao momento, aprovando-o com pequenos aperfeiçoamentos. Agora vai à sanção do governador com validação e reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente.
Está convalidação, tem um significado adicional que representa o respeito ao nosso Estado e às autoridades, pela responsabilidade presente e futura com nosso bioma. Não foi uma participação intervencionista, mas sim, orientativa e de reconhecimento à importância de nosso Pantanal.
Posso assegurar que as bases legais foram construídas por soluções pautadas na natureza, sustentados por experiência, ciência e boa política.
Aos que acompanharam a COP, mesmo diante das evidências expressas nas mudanças climáticas, as conclusões deixaram a desejar. Mas nós, do Estado do Pantanal, fizemos a nossa parte e de forma responsável.
Executivo, Legislativo e sociedade civil, todos construímos um marco legal que tem um compromisso com o presente e o futuro.
*Ângelo Rabelo – Presidente do Instituto Homem Pantaneiro