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Velhos e falsos novos, por onde começar?

Por Lucas Giovani Bin (*) | 30/08/2018 14:00

Vive-se próximo ao mês de eleição presidencial no Brasil, como é de se esperar, a polarização está presente nas diferentes classes sociais, diversas amizades são desfeitas e a aversão é propagada. Todavia, há um fator determinante que diferencia esse ano em particular dos demais, o ódio e a ignorância assumem caráter expressivo, não se limitando aos naturais extremismos, mas compactuando com ideais parcialmente mascarados de muitos brasileiros.

Em um cenário na ocorrência dos clássicos debates, a televisão se atenta não só a sua mídia original, mas integra-se ao uso da tecnologia e a utilização de mídias de streaming online o que caracteriza um marco significativo no engajamento popular, expandindo não só as manifestações saudáveis de democracia como sendo ambiente fértil para a formação do desgosto, esse, maior do que muitos desejariam.

Dessa forma, não se limitando ao eleitorado, alguns candidatos demonstram afinidade pela desclassificação do embate ideológico, escalando em uma demonização de conceitos e a deturpação da realidade e história em um jogo onde argumentos se limitam a “opiniões” e a falta de entendimento do mundo não classifica despreparo, mas uma oportunidade de propagar visões distorcidas e perigosas.

Um ciclo de governos com gestão preocupante e percalços que afetam hodiernamente na situação da segurança pública, saúde, desemprego, enfim, levam o cidadão médio a questionar o propósito da “velha política” de representantes de opiniões equilibradas e pensar falsamente que a solução está um outsider ou em alguém que se coloca como tal mesmo não sendo, indivíduos supostamente messiânicos que na verdade apresentam julgamentos ultrapassados e reafirmações do senso comum.

A cura para a democracia brasileira não é uma pessoa, um reformador, um presidente, um salvador ou qualquer que seja a denominação. Apesar de o engajamento pré-eleitoral ser imprescindível, essa responsabilidade decai sobre os membros de tal sociedade, políticos nada mais são do que espectros da mesma. Enquanto haja atraso no pensamento corriqueiro não há como denegrir todo o sistema, já que o desrespeito se manifesta nos diferentes individualismos do cotidiano.

Diante disso, a educação tem um papel fundamental na formação de cidadãos, talvez essa não seja a melhor notícia para um país que despreza cada vez mais o ensino, infelizmente, a realidade não poupa descumprimentos. Cabe ao caro leitor, decidir não só nas urnas, mas também nas atitudes, com uma transformação nas concepções arcaicas e análise factual precisa, destrezas ausentes em vários candidatos, porém como citado, a mudança começa com você!

Lucas Giovani Bin estudante do 3º ano do ensino médio, na escola Delphos Nota Dez.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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