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Cidades

Aberta a temporada de rotavírus: médicos orientam como identificar sintomas

Maior preocupação é desidratação devido a vômito e diarreia

Jéssica Benitez e Cleber Gellio | 26/07/2022 18:17
Crianças estão mais suscetíveis a rotavírus (Foto Arquivo)
Crianças estão mais suscetíveis a rotavírus (Foto Arquivo)

Tempo seco e volta às aulas podem formar a equação perfeita para a proliferação de vírus entre bebês e crianças. Não à toa, casos começam a surgir com mais frequência e já são relatados nas redes sociais, grupos escolares, deixando pais em alerta. Para identificar se a situação da criança requer cuidados médicos é necessário estar atento a um fator determinante: a hidratação.

É o que explica a pediatra e professora universitária, Danielle Hoffmann. “O importante mesmo é manter a hidratação. Manter a amamentação se o bebê ainda mama, para os maiorzinhos dar soro de hidratação, veja bem, não são aqueles isotônicos prontos para atletas, são soros mesmo”, diz.

Seja por rotavírus ou gastrenterite os sintomas são semelhantes e costumam desidratar devido ao vômito e diarreia. “Geralmente começa com vômito, depois febre, pode ter dor abdominal e perda de apetite e diarreia que demora dois, três ou até sete dias para passar. Geralmente, são fezes mais fétidas e em muita quantidade”, explica a médica.

Foi assim com a pequena Flaya Farina de 8 anos que, mesmo empolgada para voltar à sala de aula, não conseguiu permanecer na escola na manhã desta terça-feira (26). O tio, Paulo Farina, de 39 anos, teve de busca-la às pressas.

“Ela estava super bem ontem à noite. Hoje cedo, no caminho da escola, sentiu enjôo, mas disse que estava bem. Seguimos pra escola. Ela entra às 7h30 e quando foi 8h30, ligaram para buscar porque não estava bem, com diarreia e vômito. Fomos para o posto de saúde, ela fez teste de covid e deu negativo. O médico está tratando como uma virose, com soro para hidratar e medicação para enjoo”, contou.

Danielle ressaltou que, como há vacina para rotavírus, as crianças são acometidas de forma mais branda, como é o caso de Flaya. No entanto, existem sinais de alerta, sendo os principais: febre que não passa por mais de 48 horas, sangue nas fezes e vômito que não cessa nem com medicação. “Aí é necessário buscar ajuda médica”, diz.

Foi o que fez a avó de Paloma, Adriana de Oliveira, de 59 anos. A menina, que tem 10 anos, passou a noite sem conseguir conter o vômito, além de ter febre e diarreia. “Ela vomitou durante a madrugada. Está com febre e diarreia. A médica disse que pode ser até dengue, mas ela não tem manchas no corpo, ou rotavírus mesmo”, disse.

Muito líquido – O soro não pode ser substituído por água, segundo a pediatra, porque, neste caso, os sais minerais não são repostos. “Alguns pais também usam probióticos, que são boas bactérias, para ajudar a recompor a flora intestinal e se a barriguinha estiver estufada pode tomar remédio para gases”, indica.

Nas redes sociais, o pediatra carioca Daniel Becker compartilhou algumas medidas que podem ser tomadas nos cuidados com os pequenos diante do surto de gastrenterite viral que chegou a alguns estados brasileiros. Neste caso, a diarreia aparece primeiro, seguida de febre alta e, por fim, erupção na pele.

A orientação ainda é de priorizar a hidratação da criança, pois o líquido é expulso dor corpo não só pelo vômito e diarreia, mas também pela transpiração. Quando menor, mais importante hidratar, sendo ofertada água, água de coco, sucos, além de soro caseiro e comprado alternadamente a cada 15 ou 30 minutos.

Confira a galeria de imagens:

  • Reprodução instagram @pediatraintegralbr
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