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Cidades

Acusado de coordenar quadrilha de cigarreiros tem prisão mantida pelo TRF-3

Elvis Cleiton Gussi Coronato, o “Canhoto”, foi denunciado por supostamente coordenar esquema de contrabando em Naviraí

Humberto Marques | 01/11/2019 18:45
Teçá foi mais uma ação voltada ao contrabando de cigarros na fronteira de MS. (Foto: Arquivo)
Teçá foi mais uma ação voltada ao contrabando de cigarros na fronteira de MS. (Foto: Arquivo)

Mais uma decisão da 11ª Turma do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) negou liberdade a um dos preços sob acusação de atuar como líder no esquema de contrabando de cigarros investigado durante a Operação Teçá. Elvis Cleiton Gussi Coronato, o “Canhoto”, foi denunciado como responsável pela coordenação da organização criminosa na região de Naviraí –a 366 km de Campo Grande–, partindo dali a ordem de prisão contra ele e outras dezenas de suspeitos.

A defesa de Coronato contestou a existência de requisitos para manutenção de sua prisão, já que o suspeito tem residência física, ocupação lícita como lavrador, filha menor de idade ou indícios que confirmem ser ele uma ameaça à ordem pública ou capaz de prejudicar as investigações.

O pedido liminar de liberdade já havia sido indeferido. No mérito, Toldo citou trechos da acusação de que Canhoto seria um dos coordenadores “considerados importantes” na prestação do serviço da Máfia do Cigarro, cabendo a ele responder por ações na região de Naviraí.

Justamente o suposto poder de comando havia sido apontado como fator para a manutenção da prisão preventiva, já que, na avaliação do magistrado, ele poderia criar embaraços à investigação “auxiliado pela estrutura logística da Orcrim (Organização Criminosa) pelas diversos indivíduos que, em tese, integram-na, como também tornará ao ilícito”. Antecedentes por crimes como vias de fato, desacato ameaça e dano, bem como o fato de o último vínculo laborativo confirmado datar de 2006 também foram ponderados na decisão. O voto foi seguido por unanimidade.

A decisão de Toldo vai ao encontro de outras tomadas em relação a denunciados na Teçá que, se não tiveram a liberdade negada, foram alvos de medidas restritivas acompanhadas de altas fianças.

Operação – A Teçá investiga a ação da quadrilha de cigarreiros em Mato Grosso do Sul, Paraná e no Rio Grande do Norte, sendo deflagrada em agosto deste ano após meses de investigações. Foram expedidos 40 mandados de prisão e listados centenas de investigados, que teriam se unido em uma organização criminosa em 2018 para operar o contrabando de cigarros fabricados no Paraguai.

Teçá, em guarani, significa “estado de atenção”, sendo o nome escolhido para se referir à rede de olheiros e batedores que integravam o esquema investigado.

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