Agência cria "Sala de Guerra" para evitar panes na rede elétrica em MS
Além de empresas de energia, grupo conta com concessionárias de água, gás e defesa civil
A Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) criou o que chama de “Sala de Guerra” para fazer frente aos riscos das altas temperaturas, o aumento do consumo de energia elétrica e os impactos provocados pela onda de calor em Mato Grosso do Sul. Coordenada pela Diretoria de Gás e Energia, a estratégia deverá unir a Agência às concessionárias Energisa MS e Neoenergia Elektro, Defesa Civil Estadual, e empresas MSGás e Sanesul, responsáveis pela distribuição de gás e o abastecimento de água, áreas diretamente dependentes da energia elétrica.
“Temos tido situações de contingência, com maior ou menor gravidade, causados pela maior demanda, por excesso de utilização, por impacto de ventos e chuvas repentinas”, explicou o diretor de Gás Canalizado, Energia e Mineração, Matias Gonsales Soares.
De acordo com o diretor, a decisão foi conjunta para obter informações e influência sobre os casos excepcionais que possam ocorrer no Estado. “No momento que acontecer um problema, uma crise, possamos conversar, trocar informações e encontrar a solução o mais rápido possível“, completou. A ação também deve contar com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
Projeção - A Organização Meteorológica Mundial, agência ligada às Nações Unidas (ONU), revelou que 2023 deve ser o ano mais quente já registrado. A situação está associada ao fenômeno climático El Niño, que deve durar pelo menos até abril de 2024.
“Nós temos visto os resultados preocupantes dessas mudanças climáticas no nosso Estado, no Brasil e no mundo. Isso impacta nos serviços essenciais. Estamos inovando mais uma vez e nos antecipando para que o consumidor de Mato Grosso do Sul sofra o menos possível em caso dessas ocorrências inesperadas, como um temporal fora de época, ventos de intensidade inesperada, ondas de calor”, afirma o diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis.
As distribuidoras, especialmente de energia e de gás, já dispõem de planos de contingência, acompanhados pela Agems, e prontos para serem colocados em prática em situações atípicas, fato que deve ser replicado com a criação do espaço.
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