Agentes do Mais Social saem às ruas em busca de "invisíveis"
De casa em casa, servidores irão procuram quem tem direito ao benefício, mas nem sabe
Agentes do programa Mais Social estão percorrendo residências para identificar pessoas em situação de vulnerabilidade que têm direito ao benefício, mas nem sabem. De acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), ainda há 17 mil pessoas no Estado que desconhecem sua elegibilidade para o programa.
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Agentes do programa Mais Social iniciam busca ativa por 17 mil pessoas em situação de vulnerabilidade em Mato Grosso do Sul que ainda desconhecem seu direito ao benefício. A ação, que começa na segunda-feira (17), mobilizará 150 servidores nos 79 municípios do estado. O programa oferece auxílio mensal de R$ 450 para compra de alimentos, itens de higiene e gás de cozinha. Para indígenas, o benefício é convertido em cesta básica adaptada à cultura de cada etnia. Após auditoria que identificou fraudes, como beneficiários possuindo carros de luxo, o número de inscritos caiu de 97 mil para 37 mil. A Sead utilizará georreferenciamento para localizar famílias em extrema pobreza.
A ação será realizada nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e contará com a atuação de 150 servidores, que sairão às ruas a partir de segunda-feira (17). A busca ativa será feita com base em um mapeamento da Sead, em parceria com a Segem/Segov (Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo).
O levantamento identifica as áreas onde vivem pessoas em extrema pobreza. A secretária da Sead, Patrícia Cozzolino, explica que esse grupo é composto por famílias "invisíveis", que nem sequer sabem que têm direito ao auxílio.
“Elas eram chamadas de 'invisíveis', mas agora nós já as localizamos por meio do georreferenciamento. Vamos até a casa delas para oferecer essa oportunidade de mobilidade social", pontuou Patrícia.
Sobre o benefício - O valor do Mais Social é de R$ 450 por mês, e o dinheiro só pode ser usado para a compra de alimentos, itens de higiene ou gás de cozinha. Para indígenas – Mato Grosso do Sul tem a terceira maior população indígena do país –, o valor é substituído por uma cesta básica adaptada à cultura alimentar de cada etnia.
Combate a fraudes - Auditorias internas identificaram fraudes surpreendentes praticadas por beneficiários do programa. Em um dos casos, um ex-beneficiário possuía um veículo de luxo modelo Porsche Cayenne, com versões avaliadas em mais de R$ 1 milhão na tabela Fipe. Outro cadastrado foi flagrado circulando com uma caminhonete Ford Ranger.
Além disso, gastos irregulares com motel e assinaturas de serviços de streaming, como a Netflix, também foram descobertos. As irregularidades resultaram na exclusão de beneficiários indevidos do Mais Social.
Com esse pente-fino, o número de inscritos no programa caiu de 97 mil para 37 mil. A redução também foi impactada por beneficiários que entregaram voluntariamente seus cartões após melhorarem de condição financeira.
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