Além de cocaína, Garras apreendeu celular de policial da fronteira preso
Ricardo Grandini Salles foi enquadrado, em flagrante, no artigo 33 da Lei Antidrogas
Pesou 45 gramas e não meio quilo, como informado inicialmente, a droga apreendida em república onde vivem policiais civis em Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande. O escrivão lotado na 1ª Delegacia de Polícia da cidade Rafael Grandini Salles, 35 anos, foi preso, em Terenos, apontado como o dono do entorpecente. Além da droga, foi apreendido o celular de Rafael, que é considerado importante para as investigações, parte da Operação Omertà, contra milícia armada identificada em Mato Grosso do Sul.
Levantamento feito pela reportagem indica que, embora a quantidade seja relativamente baixa, configura o artigo 33 da Lei Antidrogas, que considera crime “importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”. A pena vai de 5 a 15 anos.
O escrivão foi preso em flagrante por equipe do Garras Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), em Terenos, vizinha a Campo Grande, cidade onde mora.
O entorpecente estava em alojamento compartilhado por policiais que são de fora e trabalham na cidade fronteiriça. Entre eles estão os policiais civis Elvis Elir Camargo de Lima e Frederico Maldonado Arruda, presos desde o fim de setembro.
Conforme apurado, o flagrante ocorreu durante ação da Operação Omertá, responsável pela prisão, no dia 27 de setembro, dos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho. Eles são apontados como chefe de grupo de extermínio.
As reportagens anteriores que informavam a quantidade de meio quilo foram alteradas, de acordo com a informação correta apurada.