Além de recorde de mortes, MS teve menor número de nascimentos da década
Morrendo mais gente e nascendo menos, MS registrou o menor número de diferença entre morte e nascimento
Além de milhares de mortes, a pandemia de covid-19 trouxe também uma queda brusca no número de nascimentos em Mato Grosso do Sul, segundo dados divulgados pela Arpen-MS (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). Até agora são 8,4 mil vítimas fatais da doença, em ano e quatro meses de pandemia.
Morrendo mais gente e nascendo menos, o Estado registrou o menor número de diferença entre mortes e nascimentos em mais de uma década, desde 2003, ano em que começou esse levantamento de dados de cartórios de registro civil do país.
Essa diferença é chamada de crescimento vegetativo. A diferença entre nascimentos e óbitos, que sempre esteve na média de 14.897 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 8.391 mil em 2021, uma redução de 43,7% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 40,2%, e em relação a 2019 foi de 48,1%.
Em outras palavras, nunca se morreu tanto e se teve um número tão baixo de nascimentos em um primeiro semestre de ano. Os cartórios sul-mato-grossenses registraram 13.952 óbitos de janeiro a junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 105% maior que a média histórica de óbitos no Estado e 70% maior que os ocorridos no ano passado.
Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 110%, conforme levantado pela Arpen-MS, a partir de dados do Portal da Transparência do Registro Civil.
Com relação aos nascimentos, MS registrou um dos menores números de nascidos vivos em um primeiro semestre, desde o início da série histórica em 2003. De janeiro a junho, foram registrados 22.343 nascimentos, queda de 7,6% em relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, mas maior que os 14.883 registros de nascidos vivos de 2020, o menor número semestral da história do Estado.
Casamentos - No primeiro semestre de 2021, o Estado registrou o 5º menor número de casamentos, desde de 2003. Embora não seja regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que nasce mais gente quando há mais casamentos, em Mato Grosso do Sul.
Embora 12,3% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre no Brasil, o número de matrimônios em 2021 mostra uma pequena recuperação em relação às celebrações do ano passado, fortemente impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis por causa das medidas restritivas.
Até junho deste ano os cartórios celebraram 5.266 casamentos civis, número 5,2% maior que os 5.005 matrimônios realizados no ano passado, mas ainda 9,4% maior que os 4.812 casamentos celebrados em 2019.