Após 2 meses, Justiça liberta alvo da PF que ficou quase dois anos foragido
Cláudio Barbosa é investigado em operação contra esquema de pirâmide financeira
Preso em 28 de maio após passar 19 meses foragido da operação “La Casa de Papel”, liderada pela PF (Polícia Federal) de Dourados, Cláudio Barbosa obteve a liberdade na última sexta-feira (dia 2).
“Encerrada a audiência de instrução, a defesa realizou pedido de liberdade, tendo em vista já haverem cessados os motivos ensejadores da prisão, fundamentada em decisão que colocou os outros réus em liberdade. Em decisão justa pelo juízo responsável, foi acatado o pedido da defesa para que Cláudio Barbosa possa responder em liberdade durante o processo”, afirma a advogada Talesca Campara.
Em outubro de 2022, ele foi alvo de investigação sobre pirâmide financeira. O esquema, revelado a partir de apreensão de dois quilos de esmeraldas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Rio Brilhante, tem estimativa de 1,3 milhão de vítimas, com movimentação de R$ 124,3 milhões.
Foragido há 19 meses, Cláudio foi preso pela PM (Polícia Militar) em Jurerê Internacional, conhecido destino turístico em Florianópolis, durante blitz de trânsito. O foragido estava num veículo de alto padrão.
Usadas como atrativo para garantir a segurança do investimento em criptomoedas, as esmeraldas apreendidas totalizaram 268 quilos. O saldo de apreensões também inclui gado (100 cabeças), ovelhas (75), R$ 21.000, 9.250 dólares, 1.280 euros, 250 mil dólares em criptoativos, joias, relógios e canetas. A 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande ainda determinou bloqueio de 20 milhões de dólares.
Com alvos no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina, a operação “La Casa de Papel” apreendeu 16 veículos, incluindo modelos de luxo como Porsche Cayenne, Porsche Boxter, Mercedes Benz, Audi e BMW, além de lancha e jet ski.
Critptoativos - Investigação da Polícia Federal reporta o caminho dos investimentos. Primeiro, a pessoa se cadastrava no site da Trust Investing, que ofertava planos de 15 dólares a cem mil dólares. Com o cadastro, era gerada uma wallet (carteira) para o investidor, que seria usada para comprar e receber em criptoativos. Paga-se o plano com o token (espécie de criptomoeda), que flutua na proporção de 1x1 com o dólar americano.
Do total investido, 60% irão para investimentos em trading (operações de compra e venda), criptomoedas e compra de outros ativos. Os outros 40% serão para expansão da Trust, com cotas diárias disponibilizadas para saques.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.