Após parto, mãe descobre doença no fígado e consegue transplante em SP
Aos 28 anos, Tatiane Gonçalves descobriu hepatite grave e voou transportada hoje pela Secretaria de Saúde
Tatiane Gonçalves, de 28 anos, foi levada para São Paulo na manhã de hoje, onde será submetida a transplante de fígado. A cirurgia será em São José Rio Preto, como mais um passo depois de notícia que devastou a família em um momento que deveria ser pura felicidade.
A paciente deixou Campo Grande ao lado da irmã e de um médico, em UTI Aérea, por volta das 5h30, levada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde.
Tatiane vive em Corumbá, mas estava internada na Santa Casa de Campo Grande, com quadro de hepatite grave. Mãe de três filhos, a doença foi diagnosticada depois do parto do caçula, hoje com quatro meses.
"Desenvolveu uma hepatite pós-parto grave, que causa uma insuficiência hepática grave, com risco de morte estimado em 50%, por isso, foi candidata a um transplante hepático de fígado. Se estiver apta, após o ato cirúrgico, retornará para o tratamento em Mato Grosso do Sul”, explica o médico Alexandre Braga Gonfiantini.
A transferência desta terça-feira foi a única solução para Tatiane, mas para o futuro, os planos são outros. Alexandre integra a equipe que vai implantar o serviço de transplante renal e hepático em Mato Grosso do Sul.
Segundo a assessoria do governo, a Secretaria de Saúde e o Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande já estão trabalhando para a implantação do serviço de transplante renal e hepático aqui no Estado, com a meta de ser referência nesses dois tipos de tratamentos.
O projeto prevê um Centro Especializado em Hepatologia para o cuidado com o paciente portador de doença crônica do fígado. “O desafio será implantar a cultura que o paciente hepatopata crônico pode ser tratado de forma curativa e retornar às suas atividades de rotina no próprio Estado”, antecipa o cirurgião do aparelho digestivo, especialista em transplante de fígado, Gustavo Alves Rapassi, que coordena o projeto.