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Cidades

Campo Grande tem 25 mil imóveis abandonados, muitos acumulando lixo

Número é 12% menor que o registrado em 2021, mas ainda preocupa Secretaria Municipal de Saúde

Natália Olliver | 15/01/2023 08:55
Imóvel fechados, em casa de acumuladores na Capital (Foto: Secretaria Municipal de Saúde)
Imóvel fechados, em casa de acumuladores na Capital (Foto: Secretaria Municipal de Saúde)

Em Campo Grande o número de imóveis abandonados, e muitos insalubres, ou seja, que trazem algum tipo de alerta sanitário à população, foi de 25.762 em 2022. A quantidade alerta a CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), núcleo vinculado à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), responsável pelo levantamento e checagem da situação das residências desocupadas no município.

De acordo com a pasta, em 2021 foram recebidos 29.408 registros, 12% a mais que o percentual observado em 2022. A Sesau informou que o levantamento não considerou salas comerciais, tampouco imóveis sequenciais.

A Coordenadoria de Vetores foi criada em 2014 e apesar da existência do núcleo, a pesquisa não engloba questões importantes como quais as regiões mais problemáticas e a distinção de casas, por exemplo, residências de luxo, casas populares ou barracos.

Entulho retirado de casa descocupada na Capital. (Foto: Assessoria)
Entulho retirado de casa descocupada na Capital. (Foto: Assessoria)

“Não é possível ainda mensurar, pois é sabido que grande parte das áreas estão descobertas e por este motivo muitos imóveis deixam de ser repassados para autuação. Não há como mencionar se os mais frequentes são imóveis de luxo ou casas na periferia. Tem muitos imóveis na região central que são de imobiliárias, que estão fechados. Não tem como diferenciar”, disse.

A Secretaria Municipal de Saúde explicou que o levantamento foi iniciado em cada região urbana já tendo sido concluído na região do Imbirussu e iniciado na região da Lagoa. “Assim, esperamos levantar e mapear todos os imóveis desabitados que precisam de monitoramento. A equipe de imóveis especiais tem buscado ampliar contato com outros órgãos para que possamos reduzir esses números de imóveis críticos que trazem danos à população”, disse.

Ainda conforme a Sesau, o cenário que os agentes de saúde mais encontram são casas com acúmulo de materiais inutilizáveis, entulhos, potenciais criadouros do mosquito, além de reservatórios, caixa d'águas e piscinas vedadas de maneira inadequada ou sem nenhuma proteção.

Animal morto em um dos imóveis abandonados em Campo Grande. (Foto:
Animal morto em um dos imóveis abandonados em Campo Grande. (Foto:

"Essas situações representam um risco para a saúde pública coletiva, por isso a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), através da CCEV e o serviço de Imóveis Especiais, tem intensificado o trabalho de identificação destes locais e realizado ações pontuais de remoção de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito e eliminação de focos. Também é feita a busca ativa pelos proprietários destes imóveis para que eles sejam devidamente notificados e responsabilizados por estarem em desacordo com as normas previstas no Código Sanitário do Município".

Além disso, o acúmulo desses materiais tornam o ambiente propício também para a proliferação de outros animais da fauna sinantrópica, como ratos e escorpiões. "Desta forma, o serviço tende a atuar para preservar a saúde coletiva", finalizou a Sesau.

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