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Cidades

Campo-grandense sequestrado em SC é liberado, após passar o dia em cativeiro

Hoje de manhã, ele falou por telefone com a equipe de reportagem e contou que caiu no golpe do falso frete

Viviane Oliveira e Mariely Barros | 12/09/2022 11:08
Esposa da vítima contando como ficou sabendo que o marido havia sido sequestrado (Foto: Henrique Kawaminami) 
Esposa da vítima contando como ficou sabendo que o marido havia sido sequestrado (Foto: Henrique Kawaminami)

O caminhoneiro de Campo Grande de 36 anos, que foi sequestrado em Balneário Piçarras, em Santa Catarina, foi liberado após passar o dia inteiro em cativeiro. Segundo ele, que ainda não voltou para a cidade porque deve prestar depoimento à polícia catarinense, está tudo bem, mas os bandidos levaram o caminhão.

Hoje de manhã, ele falou por telefone com a equipe de reportagem e contou que caiu no golpe do falso frete. Ele disse que na quinta-feira (8) foi para Ponta Grossa, no Paraná, levar farelo de soja. Ao deixar a carga, ele passou a procurar em aplicativos, um frete para Mato Grosso do Sul para não perder a volta. Foi quando recebeu proposta de uma empresa em Balneário Piçarras para transportar 28 toneladas de tintas para Campo Grande, pelo valor de R$ 9 mil.

No outro dia, ao chegar no local combinado, o caminhoneiro achou estranha a situação, pela forma que foi atendido, mas mesmo assim não desconfiou que se tratava de roubo. Ao ficar sozinho com dois homens, que iriam indicar a mercadoria a ser transportada, ele acabou rendido. "Um deles estava armado e disse: 'É um assalto, fica pianinho, senão você morre'”.

Ele, então, foi amarrado e amordaçado e levado para o cativeiro. Lá, segundo a vítima, havia mais dois caminhoneiros que caíram no golpe também. Nesse local, os três passaram o dia e foram liberados à noite em área rural. “Eles falavam que só iam liberar a gente depois que o caminhão atravessasse a fronteira”, disse a vítima.

Depois que os bandidos foram embora, eles pediram ajuda para os moradores de uma propriedade na região, que acionaram a polícia. Ele contou que antes de ir embora, o bando fez os três consumirem um litro de pinga. A vítima ainda está em Santa Catarina para prestar esclarecimentos à polícia. A reportagem tentou falar com a delegacia de Polícia Civil do município de Balneário Piçarras, mas as ligações não foram atendidas.

Imagem do caminhão que foi roubado pelos criminosos (Foto: arquivo familiar) 
Imagem do caminhão que foi roubado pelos criminosos (Foto: arquivo familiar)

Caso - Ontem, a mulher dele procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para denunciar o sequestro do marido. Segundo a esposa, os bandidos pediram R$ 10 mil para libertá-lo.

Conforme boletim de ocorrência, a mulher contou que o seu marido tem caminhão próprio. Na quinta-feira (8), ele recebeu proposta de frete de uma empresa de tintas com sede em Balneário Piçarras, Santa Catarina, e aceitou.

O pedido era para transportar 28 toneladas de tintas, dez toneladas seriam entregues numa fazenda em Mundo Novo, outras 18 toneladas seriam trazidas para a Capital. Ainda de acordo com a mulher, o último contato que teve com o marido foi sábado, às 8h46, quando ele disse que havia feito o carregamento e pegaria a estrada para fazer as entregas

Depois disso, ela não teve mais contato e o rastreador do caminhão indicava que a última localização dele havia sido próxima à cidade de Mundo Novo. Na manhã de domingo, às 8h07, ao entrar em contato com o celular da empresa de tintas, recebeu a informação de que o seu marido tinha sido sequestrado e só seria liberado após pagamento de R$ 10 mil, via Pix.

A mulher, então, manteve diálogo com o sequestrador e disse que não tinha condições de fazer o pagamento de um valor tão alto no fim de semana. Segundo ela, depois de implorar muito pela vida do esposo, o sequestrador informou que havia o liberado no Estado de Santa Catarina, porém até então ela não tinha notícias dele. O caso foi registrado como extorsão mediante sequestro.

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