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Cidades

"Coletivo sobre o individual", diz secretário em defesa do passaporte da vacina

Secretaria Estadual de Saúde vai propor restrição, com acesso a espaços coletivos apenas por imunizados

Guilherme Correia | 12/09/2021 09:29
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, defende o "passaporte da vacina" em MS (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, defende o "passaporte da vacina" em MS (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, saiu em defesa da criação de um “passaporte”, para estipular que apenas pessoas imunizadas contra a covid-19 possam frequentar espaços públicos ou com concentração de pessoas.

Essa proposta será elaborada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), diz ele, e apresentada ao governo de Mato Grosso do Sul, nesta semana. “Sou favorável, acho que o coletivo tem que ser preponderado sobre o individual”.

Vale ressaltar que no começo de agosto, o secretário de Infraestrutura e presidente do comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), Eduardo Riedel, afirmou em coletiva que, até aquele momento, o governo estadual não pretendia fazer tal medida, e que o próprio mercado iria "regular" essas exigências.

Em julho, outra proposta polêmica chegou a ser cogitada pela pasta - a punição a quem recusasse determinada vacina, em detrimento de outras - mas esbarrou em questões jurídicas.

Passaporte da vacina - Resende explica que esse projeto definiria uma documentação para ser apresentada em espaços coletivos, para admitir apenas pessoas que tivessem completado o ciclo vacinal. “Apresentar em qualquer espaço público, shopping, comércio, shows, eventos culturais, restaurantes. Tem que ter tomado as duas doses”.

Foi discutido e vamos construir uma proposta. Pedi para a equipe [da SES] para que a gente tenha a instituição desse passaporte”, afirma Resende ao Campo Grande News.

Ele defende que isso reduziria as chances de uma infecção mais poderosa do coronavírus, já que os imunizantes aumentam a proteção do indivíduo contra casos graves da doença. Logo, diz, isso incentiva a adesão pelas doses. “Isso mostrou, em alguns lugares que adotaram essa tática, uma grande corrida daqueles que não se vacinaram, em procurar as doses”.

Mãe filma adolescente sendo vacinado contra a covid-19 em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Mãe filma adolescente sendo vacinado contra a covid-19 em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Imunidade coletiva - Ainda assim, Resende pede que a população considere os benefícios da vacinação contra a covid-19, para garantir a imunidade coletiva dos sul-mato-grossenses.

Atualmente, doses de reforço têm sido aplicadas em quem completou o ciclo vacinal há cinco meses. Isto é, quem tomou duas doses ou dose única há 150 dias, deve procurar as orientações de cada município para receber uma nova aplicação e aumentar a imunização.

Resolução estadual determina que pessoas acima de 70 anos, imunossuprimidos (de 18 anos ou mais), que tenham finalizado há 28 dias, podem receber esse complemento.

Por fim, o titular da pasta preconiza as medidas básicas de redução de danos, tais como uso de máscaras adequadas, sobretudo em ambientes fechados, isolamento social, quando possível, e higiene das mãos.

O Estado tem 74,6% de sua população total vacinada com pelo menos uma dose, enquanto quase 49% estão imunizados. A covid tem feito, em média, quase sete vítimas por dia, na última semana, além de infectar 103 pessoas a cada 24 horas.

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