Com 110 mil na fila por cirurgias e exames, Governo lança nova Caravana da Saúde
Estado deve realizar 100 mil procedimentos, mas pode aumentar caso haja mais demanda
O Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (2) a nova edição da Caravana da Saúde, programa que já começou com mais de 30 mil exames e 70 mil cirurgias em 34 hospitais de Mato Grosso do Sul. Oficialmente, a caravana começará na sexta-feira (3), mas os procedimentos já estão sendo realizados.
A fila é bem maior que a estimativa de cirurgias e exames. São 70 mil pacientes à espera de cirurgia e quase 60 mil esperando por exames. A solenidade de lançamento foi realizada na sede da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).
Diferentemente das edições anteriores, os procedimentos serão para pessoas que aguardam na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), principalmente aquelas que tiveram procedimentos desmarcados durante a pandemia de covid-19, e serão realizados dentro de hospitais e não mais em tendas.
“Os hospitais passaram a pandemia atendendo casos de covid, enquanto um grande número de pessoas ficaram aguardando os procedimentos. Por isso estamos trazendo até os hospitais privados”, explicou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), a rede privada será contratada conforme a demanda por meio de licitação.
O chefe do Executivo estadual destacou que o objetivo principal é ao menos diminuir a fila. “Temos uma fila de cirurgia de 70 mil, de exames são 59.733. É muito difícil falar em zerar a fila porque mais pessoas vão entrando diariamente. O importante é destravar o que está parado”, avaliou.
“Acredito que possamos diminuir muito. Investimos R$ 120 milhões, e se necessário, vamos colocar mais recursos”, completou Reinaldo. Ele ainda frisou que o atendimento será pela ordem na fila.
“Seguiremos a regulação pela ordem de entrada. Vamos respeitar a regulação da secretaria de Saúde e dos municípios. Quem entrou primeiro, será atendido primeiro”, disse o governador.
Na modalidade Examina MS, são 55 tipos de exames, totalizando 33 mil diagnósticos de média e alta complexidade. No Opera MS, são 5,4 mil cirurgias por mês, somando 70 mil procedimentos ao longo de 13 meses. Entre os procedimentos estão cirurgias eletivas de hérnia, catarata, ginecológicas, retirada de útero, ortopédicas entre outras. Também serão realizados exames de tomografia, ressonância, ultrassom, raio-x, colonoscopia e endoscopia.
Ortopedia – O secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, disse que a pasta está credenciando hospitais e clínicas particulares para a Caravana, que precisa passar por licitação. A ortopedia é a área de maior demanda.
“Uma das áreas que as pessoas mais recorrem, que mais temos dificuldades, assim como outros estados, é a ortopedia. Ofertar cirurgias no ombro, no joelho, nos quadris, é complicado porque precisa de órteses e próteses e temos dificuldades em realizar rotineiramente”, afirmou.
Ainda segundo o secretário, a expectativa é realizar neste mês de 700 a 1 mil procedimentos, totalizando de 70 mil a 100 mil ao longo do programa. Já aderiram ao programa 55 hospitais particulares e beneficentes.