Com 17% dos adolescentes sem 1ª dose, escolas levarão jovens para tomar vacina
Ao menos, 40,8 mil jovens, de 12 a 17 anos, não tomaram nem o primeiro imunizante anticovid no Estado
Em coletiva hoje (29), a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Motta, afirmou que ações de conscientização e busca ativa de adolescentes para se vacinarem contra a covid serão feitas em escolas públicas e particulares do Estado. O objetivo é ampliar imunização da faixa etária entre 12 e 17 anos, permitida há meses no Brasil, mas que ainda não atingiu nem com primeira dose pelo menos 40,8 mil indivíduos.
Segundo a titular da SED (Secretaria Estadual de Educação), haverá parceria com a SES (Secretaria Estadual de Saúde) para promover atividades culturais e informativas para evidenciar os benefícios da vacinação, a partir de hoje, até 7 de dezembro, quando será feito um "Dia D", onde instituições de ensino estaduais levarão crianças para se imunizar.
Além disso, ela ressalta que muitos jovens não têm acesso a informação de qualidade ou que os pais não se sentem seguros de permitir a vacinação aos filhos. Portanto, a ação visa atingir também as famílias, além de profissionais de educação.
Com o lema “estudante inteligente confia na ciência”, Motta reforça que é necessária a busca pelos imunizantes, já que a pandemia segue com casos, internações e mortes, sobretudo em meio a confirmação de novas variantes.
“Nós que estamos na educação, vocês que estão na escola, as famílias que estão colocando os filhos na escola, precisam pensar e estudar com evidência científica”.
“Dia D” - Em 7 de dezembro, disse Motta, ao menos uma escola vinculada à Rede Estadual de Ensino por município sul-mato-grossense será responsável por levar os jovens que ainda não se imunizaram para os pontos de imunização instalados pelas prefeituras nas cidades.
“Estamos contando muito com você - diretor, professor, coordenador administrativo - para que os pais, os estudantes, se apropriem da ciência”.
Segundo dados da SES, cerca de 40,8 mil adolescentes sem comorbidades não tomaram a primeira dose do imunizante, o equivalente a 17% da população desta faixa etária. Além disso, cerca de 79,4 mil não têm a segunda dose - válido lembrar que muitos ainda têm de aguardar o intervalo preconizado para recebimento da dose de reforço.
Atualmente, no Brasil, apenas vacinas da Pfizer foram autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem aplicadas nesse grupo.