Com documento original de inventário de 1943, Tribunal de Justiça inaugura museu
Já em atividade on-line há pelo menos um ano, o memorial foi aberto ao público e funcionará de segunda a sexta
Com acervo que contém processo de inventário do ano de 1843 como mais antigo, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul inaugurou nesta tarde o Museu do Judiciário de MS. Já em atividade on-line há pelo menos um ano, o memorial foi aberto ao público e funcionará de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.
“Tenho muito orgulho de ver nosso presidente instalar esse museu, porque é muito importante que se preserve a memória do Judiciário. Quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso completou 100 anos, um escritor quis escrever a história de lá, mas não conseguiu elementos, porque ninguém cuidou da memória do Poder Judiciário como hoje estamos vendo aqui”, afirmou um dos quatro primeiros desembargadores do TJMS em 1979, Sérgio Martins Sobrinho.
O presidente do tribunal, Carlos Eduardo Contar, afirma que o acervo jurídico de MS “sempre esteve muito acanhado e escondido”, mas que “a transformação do memorial em museu pretende exatamente agregar não só o ser humano, seja magistrado, seja um servidor, mas a história do Poder Judiciário e outros elementos da história do Estado e da nossa cultura, porque o museu não pretende ser um museu fechado”.
Sérgio Martins Sobrinho Filho, que toma posse no próximo dia 1º de fevereiro deste ano como presidente do TJMS, assim como ocorreu com seu pai em 1983, afirma que “é uma alegria indescritível poder ver e contribuir com esse restante da nossa história. Fora que é um caso único, pelo menos aqui no Tribunal, de pai e filho terem integrado o Tribunal”, ressaltou.
Sobre o acervo – De 1843, inventário de Antônio Ferreira de Melo pelo falecimento de sua esposa, Delfina Maria de Jesus. O processo tramitou no Distrito da Parochia de Sant’Anna de Paranahiba, atual cidade de Paranaíba, ainda no Mato Grosso.
Entre os “bens” deixados pela esposa ao marido estavam três escravos, sendo um de 12 anos de idade que valia 400 mil reis; um de 22 anos, de 500 quinhentos mil reis; e uma bebê de 2 anos de idade, que valia 200 mil reis.
Há ainda máquinas de escrever, togas antigas, e outros itens usados pela Justiça de Mato Grosso do Sul.
