Com greve em 34 municípios de MS, Correios entram com dissídio coletivo
Tribunal é quem vai mediar a negociação por reajuste de salário dos empregados
Os Correios anunciaram nesta terça-feira (25) que entraram com dissídio coletivo de greve no TST (Tribunal Superior do Trabalho) por não ter havido acordo com as entidades que representam os funcionários parados desde segunda-feira. Em Mato Grosso do Sul são 34 municípios com trabalhadores de braços cruzados.
A partir de agora o tribunal vai mediar a negociação por reajuste de salário dos empregados.
A estatal informou que os salários dos empregados seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo, ao benefício auxílio-creche e ao tíquete-refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador.
Mesmo com a greve, os Correios afirmam que mantêm a rede de atendimento aberta e os serviços, inclusive o Sedex e o PAC, continuam ativos. Mas as postagens com hora marcada, suspensas desde o início da pandemia, ainda estão indisponíveis.
Parte dos trabalhadores decidiu cruzar os braços em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. A categoria também reivindica mais atenção, por parte da empresa, quanto aos riscos que o novo coronavírus representa para os empregados.
De acordo com a presidente do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso do Sul), Elaine Regina de Souza Oliveira, a paralisação já atinge de 70% a 90% dos trabalhadores dos municípios do Estado.
“A greve se mantém. A gente acredita que nos próximos dias tenham as audiências de conciliação e, posterior, o julgamento, caso não tenha conciliação. Estamos aguardando e manter a greve, fortalecer, para que o resultado seja favorável aos trabalhadores”, disse.
Com informações da Agência Brasil