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Concessão prevê duplicação da BR-262 até Ribas do Rio Pardo e pedágio de 15,20

Projeto estima R$ 8,7 bilhões em capital privado na concessão de 870 km pelo período de 30 anos

Por Gustavo Bonotto | 07/08/2024 21:32
Posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-262. (Foto: Maristela Brunetto)
Posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-262. (Foto: Maristela Brunetto)

O estudo feito a pedido do Governo do Estado para embasar a concessão da chamada Rota da Celulose, que compreenderá a rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267, no lado leste de Mato Grosso do Sul, prevê a duplicação de um trecho de 116 quilômetros, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, especificamente até à fábrica da Suzano, após o posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Também está previsto pedágio entre R$ 4,70 e R$ 15.20, dependendo da região. O valor mais alto será cobrado em Ribas.

Conforme o levantamento, disponível no site do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), o projeto total prevê 116 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de via marginal e 82 dispositivos em nível para proporcionar mais segurança. Inclui ainda a prestação de serviços aos usuários por meio de 49 veículos operacionais, entre eles ambulâncias, guinchos, combate a incêndios, desobstrução de pistas e inspeção para controle do tráfego.

Estão estimados R$ 8,7 bilhões em capital privado na concessão de 870 quilômetros pelo período de 30 anos, cujo objetivo é ampliar e antecipar investimentos em infraestrutura para a melhoria da malha viária.

O texto considerou a predominância da produção agropecuária, o parque industrial da região formado por indústrias de celulose, produtos de papel e papelão, de construção, frigoríficas e de produtos de carne, sucroenergéticas, metalomecânicas e o aumento de fluxo de veículos projetado para os próximos anos pela expansão socioeconômica da região Leste.

Arte: Barbara Campiteli
Arte: Barbara Campiteli

O sistema rodoviário a ser concedido inclui os principais corredores que ligam a Capital à região Sudeste do país, passando por nove municípios sul-mato-grossenses e compreende os seguintes trechos: MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo; MS-338, que liga Santa Rita do Pardo a Bataguassu; e MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267, além da BR-262, ligando Campo Grande a Três Lagoas e BR-267, de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul, totalizando 870,4 km.

O Governo Estadual vinha negociando com a União para assumir as rodovias federais por meio de convênio para poder avançar na concessão ao setor privado. A região leste passou a enfrentar aumento expressivo no fluxo de veículos, especialmente de cargas, com a formação de florestas de euclipto e implantação de fábricas para produção de celulose.

Propostas serão recebidas entre hoje (7) a 6 de setembro, e ajudarão a orientar o projeto de concessão destinado à operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário.

A próxima fase será de audiência pública, a ser realizada na última semana de agosto. Em seguida, para publicação do edital de licitação em setembro e finalmente a realização do leilão na Bolsa de Valores, previsto para dezembro.

Mapa técnico traz detalhes sobre concessão da rodovia federal. (Foto: Reprodução)
Mapa técnico traz detalhes sobre concessão da rodovia federal. (Foto: Reprodução)

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